“O câncer de próstata é o que mais acomete os homens e o terceiro que mais mata no mundo, perdendo somente para os tumores pulmonares e coloretais”, alertou o oncologista Guilherme Higa. A palestra realizada no auditório da Escola Superior de Controle Externo (ESCOEX) contou com a presença do Conselheiro Marcio Monteiro e de servidores da Casa.
O evento promovido pelo TCE-MS com a finalidade de melhorar a saúde e a qualidade de vida dos servidores, em especial a dos homens, faz parte da campanha mundialmente conhecida como Novembro Azul. Realizada todos os anos por diversas entidades neste mês, a campanha tem como objetivo alertar a sociedade, especialmente aos homens, para a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de próstata.
Na abertura do encontro, o Coordenador-Geral da ESCOEX Ben-Hur, que na ocasião representou o Diretor-Geral, Conselheiro Ronaldo Chadid, ressaltou que os homens, diferentemente das mulheres, não têm o costume de cuidar da própria saúde, deixando-a em segundo plano. “Por isso a necessidade do evento, onde a direção do TCE-MS, na pessoa do presidente Waldir Neves e dos demais conselheiros, além de promover capacitação técnica, seminários e congressos, promove, também, aos seus servidores momentos como este, de orientação e de cuidados com a saúde”.
Na palestra, Guilherme Higa apresentou sobre o que é o câncer de próstata, sua incidência nos homens, prevenção, bem como os cuidados e tratamentos existentes. Destacou que o diagnóstico precoce é ainda a maneira mais eficaz para que o tratamento tenha êxito, e revelou que no Brasil o tipo de câncer mais incidente nos homens é o de próstata. “Em nosso País, é a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas, sendo que um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (Inca)”.
Em sua apresentação, o oncologista ressaltou que para que esse diagnóstico seja feito no estágio inicial da doença, é necessário que o homem faça o screening, um tipo de rastreamento. “Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos, e sobre o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico)”, alertou.
Para a prevenção, Guilherme Higa declarou que é necessário diminuir os fatores de risco, como hábitos alimentares ruins, exposição ao tabaco, entre outros. Explicou que a diminuição dos fatores de risco ajuda e muito na prevenção de diversos tumores, inclusive o de próstata, e que uma dieta rica em gorduras e proteínas e pobre em fibras, predispõe à formação de tumores. O tabagismo e certos hábitos sexuais também são fatores que influenciam. “Hoje já sabemos que a DST tem uma ligação com o câncer de próstata, há estudos que revelam que o parasita Trichomonas Vaginalis, responsável pela doença sexualmente transmissível tricomoníase, pode estar ligado ao desenvolvimento desse tipo de câncer”.