A combinação entre políticas públicas de fomento à economia e a capacidade dos segmentos produtivos vem garantindo impressionante desempenho na criação de oportunidades de emprego e renda em Mato Grosso do Sul. Os ajustes nas finanças, a atualização do sistema de incentivos, os investimentos em infraestrutura e a afirmação de parcerias produtivas constam de um amplo arco de ações e diretrizes adotadas pelo governador Reinaldo Azambuja (PSD) para enfrentar e superar a crise.
Com o resgate da credibilidade e a retomada do crescimento, o Estado renovou a confiança dos empregadores nos diversos segmentos da economia, alcançando, com isso, os mais destacados desempenhos do País na geração de empregos desde 2015. É o que está sendo demonstrado agora. Informa o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) que Mato Grosso do Sul abriu 1.122 novos postos de trabalho em outubro passado.
É o melhor desempenho para o mês nos últimos cinco anos, de acordo com um levantamento da Coordenadoria de Estatísticas da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro). No acumulado do ano já são 8.100 novos empregos formais. O relatório do Caged, órgão do Ministério do Trabalho, aponta que foram admitidos 19.080 trabalhadores e 17.958 demitidos em outubro, o que resultou no saldo de 1.122 arteiras assinadas.
O titular da Semagro, Jaime Verruck, diz que os resultados já eram esperados pelo governo, que tem indicadores apontando para uma consistente recuperação da economia. “Uma das grandes preocupações é com geração de empregos. E é natural o crescimento da oferta de vagas, sobretudo no comércio, em decorrência do fim de ano que se aproxima”, analisa. “Ainda no próximo mês haverá reflexo disso e fica sempre a expectativa quanto à manutenção ou não desses empregos. Pode ocorrer que parte dessas vagas seja extinta após esse período”, ressalva.
Os setores que se destacaram são o comércio (697), indústria de transformação (508) e os serviços (288). Já no acumulado do ano a agropecuária tem a primeira posição, com a abertura de 2.524 vagas. Em seguida vem a indústria de transformação com 2.435 novos postos. Entre os subsetores, o comércio varejista teve o melhor desempenho, registrando 568 novas vagas. O comércio atacadista fechou com 129. A indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico ofereceu 323 postos, enquanto na rede de serviços dois subsetores tiveram quadros distintos. O de comércio e administração de imóveis, valores imobiliários e serviços técnicos abriu 547 vagas, mas 519 foram fechadas na área de serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção e redação.
Dos 13 principais municípios, apenas três apresentaram saldo negativo na geração de empregos formais em outubro: Amambai (-5), Dourados (-86) e Rio Brilhante (-35). Os destaques positivos são: Campo Grande (709), Nova Andradina (101) e Naviraí (92). Mato Grosso do Sul ficou em segundo lugar na região Centro-Oeste, com variação positiva de 0,22%, atrás apenas de Mato Grosso que teve índice de 0,27%. Em nível nacional o resultado também é alentador. O Brasil criou 57.733 vagas de emprego com carteira assinada, cravando o quarto mês consecutivo de saldo positivo.
Verruck aponta ainda o desempenho da indústria como fator importante. “É um setor que vem conseguindo manter boa performance, como no caso da indústria de transformação com mais de 500 vagas. Entretanto, nossa recuperação deve melhorar muito neste setor e isso depende da retomada da construção civil, que precisa de uma política mais estruturante do governo federal”, enfatiza. O saldo da construção civil foi menos de 253 postos de trabalho em outubro.