Multiplicam-se em Campo Grande as ações articuladas entre o Governo do Estado e a Prefeitura. Uns chamam de parceria. Outros de apoio. E há quem prefira adotar outra palavra para sintetiza, ou maximiza, esta ação conjunta: compartilhamento.
Seja qual for a definição, é prazeroso para quem mora na cidade ver os dois poderes executivos locais trabalhando harmoniosamente pelo desenvolvimento social e econômico, com intervenções em áreas determinantes para a saúde da população e das coisas que interessam a ela. Os problemas que surgem com o crescimento urbano também instigam a sociedade e seus representantes a atender ao desafio de buscar as soluções.
Os governantes, de diferentes níveis de representação institucional e atribuições de poder específicas, conseguem avançar, vão além das limitações da letra política e jurídica, ousam criar novos e inovadores elementos de construção gerencial. Porque têm consigo a matéria-prima do entendimento republicano, que nada mais é uma afirmação de princípios e vocações de caráter e de formação pessoal.
Há problemas pontuais que só a Prefeitura, por sua capacidade financeira, não tem condição de atacar e resolver. Existem áreas de extrema necessidade – saúde, segurança, habitação, saneamento, por exemplo – que cobram socorro imediato, especialmente tendo em vista o fenômeno da expansão incontrolada de uma cidade que se habituou a crescer e a criar novas demandas, acumulando-as na conta das antigas e ainda não respondidas.
E é para atender a esta cobrança imperativa que mais um componente decisivo e estratégico nesse compartilhar de forças se revela como protagonista das respostas: é a Câmara Municipal. O Legislativo afirmou-se em Campo Grande como preciosíssima peça de operação construtiva, contribuindo com a ferramenta indispensável que a legitima, a da representação popular.
Efetivamente, os vereadores campo-grandenses, independentemente das escolhas partidárias e ideológicas, merecem a consideração e o reconhecimento da sociedade pelo papel que desempenham neste processo edificador. Suas intervenções – seja criticando ou apoiando, contestando, opinando, sugerindo, legislando, debatendo – produzem para os interesses do município significativas contribuições.
O desenvolvimento precisa ser exercido e entendido assim. Completo. Pleno. Não somente como crescimento físico, urbano, demográfico, econômico. Mas, essencialmente, como um contexto de bens e usufrutos coletivos regulados pela evolução social e política de todos os protagonistas na construção de uma comunidade próspera.
GERALDO SILVA