A Folha de Campo Grande ouviu com exclusividade o vereador Delegado Wellington em seu gabinete. Explanou sua trajetória de sucesso na Polícia Civil e sua ânsia de ajudar a resolver problemas de segurança pública, que o levou a se candidatar pelo PSDB a uma vaga na Câmara de Vereadores, sendo eleito com uma votação substancial (3549 votos). Ele explicou seu lema: ‘Minha missão é manter meu compromisso com o povo e servir a lei’. Com essa frase, o vereador Delegado Wellington iniciou seu trabalho na Câmara Municipal após ser eleito.
Além disso, Delegado Wellington atua também como coordenador de operações da Delegacia Geral da Polícia Civil.
A principal ação realizada durante o seu mandato foi a implantação da Lei do Plano Municipal de Segurança Pública, nº 5.865/17, que tem como objetivo permanente proporcionar à população de Campo Grande condições dignas que assegurem a promoção de políticas públicas. Nascido no dia 26 de maio de 1971, em Campinas (SP), se formou em Direito pela Faculdade Salesiana de Direito de Lorena (SP) e possui diversas especializações na área de segurança pública como, por exemplo, pós-graduação nas áreas de Direito Processual Penal e Direito Penal pela Universidade Católica Dom Bosco de Campo Grande (MS), Segurança Pública e Defesa Social pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em Segurança Pública pela Universidade UNILINS e em Análise Criminal pela FACLIONS. Possui especialização em Estatísticas e Análise Criminal pelo Ministério da Justiça e IESB, e atuou também como professor nos cursos de formação na área de segurança pública, ministrados na Academia de Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.
FOLHA DE CAMPO GRANDE- Quando foi que se tornou delegado da Polícia Civil de MS?
DELEGADO WELLINGTON- Me tornei delegado em 1999 e atuei praticamente em todas as delegacias da Capital, assim como em todas as especializadas, por isso conheço muito bem praticamente todos os bairros da Capital.
FCG- Você acha que os problemas sociais são causadores da criminalidade?
DW- Sem dúvida nenhuma os problemas sociais em todas as áreas antecedem o crime. A falta de escola, o abandono familiar, o consumo de drogas, a falta de iluminação pública, a falta de saúde e muitos outros fatores são determinantes para a comissão de delitos, principalmente patrimoniais e até homicídios.
FCG- Porque quis ser vereador?
DW- Como delegado, comecei a observar que todas as questões terminam na delegacia, discussão familiar, morador de rua, consumo de drogas e por aí vai. Então, eu entendi que o principal seria evitar que todas as mazelas da sociedade chegassem à delegacia. Para isso, era necessário ter leis que implementassem políticas públicas de prevenção e de apoio a comunidade.
FCG- Explique como funcionaria…
DW- Todas as Secretarias (áreas de atuação) atuam isoladamente, vocês sabem… Educação, saúde, assistência social, obras, etc. Vou dar um exemplo: o morador de rua… Quem tem que comparecer é a polícia, a assistência social, a saúde e até a educação e tratar o problema para evitar que chegue por denúncia a delegacia. Outro exemplo: pré-adolescente não vai à escola e engana os pais… Antes de ele agredir ou se drogar, o poder público tem que atuar em conjunto para a solução do problema.
FCG- Então, você propõe a atuação de todas as áreas juntas?
DW- Integração, sintonia e sinergia é a minha proposta. Para isso, apresentei um projeto de lei que foi aprovado pelos meus pares e sancionado pelo Prefeito. Plano Municipal de Segurança Pública, lei de número 5865/17. Nesta lei está totalmente esboçada a prática de atuação não só da polícia municipal, mas também dos outros órgãos ou secretarias da prefeitura.
FCG- Que outro projeto importante na área de segurança você apresentou e foi sancionado?
DW- A Lei 5881/17, Lei do Drone. A utilização de drones na vigilância e prevenção de crimes na cidade. Esses dias foi flagrado um traficante vendendo drogas através da vigilância do drone e avisada a viatura mais próxima, esta se dirigiu ao local e fez a prisão em flagrante.
FCG- Tem projetos em outras áreas de atuação que não na segurança pública?
DW- Sim, claro. Atuo em outras áreas, como saúde e educação. Por exemplo, é minha a Lei 5972/17, sobre acessibilidade, e também a Lei 5978/17, Lei da Bengala Verde, que diferencia através da cor da bengala o deficiente visual total (bengala branca) e o deficiente visual que tem até 20% da visão (bengala verde). O tratamento destes deficientes com diferente grau de cegueira é especificado e a cor da bengala dará rapidamente o tipo de visão que a pessoa tem.
FCG- A população mantém contato com você? Como?
DW- Eu tenho um serviço que se chama ‘Como está seu Bairro?’. Como consequência deste projeto já fiz 4917 indicações.
FCG- Qual é sua visão sobre a atuação do presidente desta Casa de Leis, o vereador João Rocha?
DW- O presidente João Rocha é uma pessoa extraordinária, sensível às boas políticas, um apaziguador de uma paciência admirável e, principalmente, um grande interlocutor entre a Câmara e o Poder Executivo. Com isso, quem sai ganhando é a população, que vê deslanchar projetos e a sua execução com bastante rapidez.
FCG- Tem outros projetos políticos? Um voo mais alto está em seus planos para este ano eleitoral?
DW- Sim, sou pré-candidato a deputado estadual.
DW- Principalmente, levar à esfera estadual o meu projeto de atuação sinérgica das diversas áreas do poder público para evitar a proliferação de crimes.
FCG- Você é filiado ao PSDB, como observa os quase quatro anos de governo tucano com Reinaldo Azambuja?
DW- Bom, muito bom. O Reinaldo recebeu o governo numa fase muito ruim do estado, com folha inchada, mais de 200 obras inacabadas, a segurança pública abandonada e outras armadilhas mais deixadas pelo ex-governador Puccinelli.
FCG- Quais ações, que a seu ver, se destacam na atuação do governador?
DW- Vou citar só algumas delas, já que a lista é muito extensa. Das mais de 200 obras inacabadas, 95% delas estão terminadas e entregues. A entrega do Hospital do Trauma, que há mais de 20 anos estava parada e era um anseio da população de Campo Grande. Construiu mais de 20 mil casas populares. Na área de segurança pública, entregou novo armamento, veículos, coletes, enfim deu condições de trabalho a Polícia Militar. A Caravana da Saúde, com mais de 30 mil intervenções cirúrgicas realizadas, um avanço que não se via há muito tempo no estado. A Caravana da Educação, que percorre as escolas e faz testes de audição, visão e outros para atender as crianças e adolescentes do nosso estado. E uma ação que merece o maior destaque é a transparência, hoje o Mato Grosso do Sul está entre os cinco primeiros estados neste quesito.
FCG- Então, a seu ver o Reinaldo merece a reeleição…
DW- Sem sombra de dúvida, merece a renovação de seu mandato por mais 4 anos.
FCG- Como pré-candidato a deputado estadual você deve dobrar com alguns candidatos a deputado federal. Quais seriam os que você poderia elencar agora?
DW- No interior, o presidente do partido e hoje deputado estadual, Beto Pereira. E, sem sombra de dúvida, a vice-governadora Rose Modesto, que fez um trabalho admirável quando foi secretária de ação social, como, por exemplo, o ‘Vale Renda’ e a ‘Rede Solidária’. Pela sua competência, simpatia e grande atuação, a Rose merece ir para Câmara Federal e ajudar o estado no seu desenvolvimento.