São 29 os ocupantes dos atuais mandatos municipais em Campo Grande. Em princípio, um máximo de 10 deles estaria hoje trafegando no espaço de pré-candidaturas para mandato federal ou estadual em 2018. Nessa condição, os que mais se apresentam ou entram nas especulações da imprensa são Waldir Gomes (PP), Carlão Borges (PSB), Antonio Cruz (PSDB), Eduardo Romero (Rede), Loester de Oliveira (PMDB) e William Maksoud Neto (PMN).
Também poderiam fazer parte dessa lista André Salineiro (PSDB), o mais votado desta safra, Otávio Trad (PTB), Odilon de Oliveira (PDT), Dharleng Campos (PP) e Vinícius Siqueira (DEM). Ocorre que há contextos políticos específicos que podem servir como contraponto a eventuais projetos eletivos. No caso de Odilon, por exemplo, existe um complicador que é a quase certa candidatura de seu pai, o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira, a um cargo majoritário (governador ou senador).
Otávio é sobrinho do prefeito Marquinhos Trad (PSD) e Dharleng é tida como uma das principais lideranças protegidas do ex-prefeito Alcides Bernal (PP), que se candidatará a cargo federal e, pela lógica, concentrar seu apoio numa candidata com elevado grau de predileção poderia deixá-lo em situação delicada com outros pretendentes. Salineiro tem um objetivo bem definido desde que se lançou candidato à vereança, o de cumprir seu mandato. Mas vem sendo pressionado por amigos e simpatizantes para avaliar melhor a possibilidade de entrar no páreo, embora essa decisão esteja circunscrita ao núcleo político do qual faz parte.
CREDENCIAIS
Loester de Oliveira já foi deputado estadual em mais de um mandato e é uma das peças de destaque na engrenagem do PMDB. Waldir Gomes tem capilaridade já evidenciada nas eleições de 2016 e seria, pela experiência e por melhor inserção em âmbito estadual, uma opção mais acertada para o partido. Carlão é praticamente um nome quase absoluto no PSB para a chapa de candidatos à Assembleia, já que as outras grandes lideranças, entre elas o presidente da Cassems, Ricardo Ayache, estão cotadas para outras investidas (Governo, Senado ou Câmara Federal).
Antonio Cruz passou pela Câmara dos Deputados em um mandato profícuo, mas não logrou se reeleger, enquanto Romero tende a afirmar-se como a alternativa de maior aposta no Rede Sustentabilidade, partido liderado no País por Marina Silva. Pré-candidata à Presidência da República, ela já tem Romero como referência de ação política no Estado e deve cogitar sua inscrição no quadro de candidatos em 2018.
Filho de um vereador que teve passagem marcante na vida pública da cidade, William Maksoud é o nome de maior destaque no PMN de Campo Grande. E a legenda não perderia a chance de lançar seu único vereador numa disputa que lhe pode render a cadeira de deputado estadual, melhor posição política de representação popular da legenda em sua história na capital sul-mato-grossense.
As definições sobre quem vai ou não tentar voos mais altos que um mandato municipal só serão estabelecidas nas convenções partidárias, entre março e junho. Até lá, as especulações envolverão lógicas políticas e sugestões nem sempre coladas à realidade, até porque as chapas proporcionais serão arbitradas e formatadas por quem comanda os principais partidos do Estado: o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), os ex-governadores André Puccinelli (PMDB) e Zeca do PT; e os “caciques” e alquimistas de todo processo político-eleitoral, como Londres Machado (PFR), Leite Schimidt (PDT), Nelsinho Trad (PTB) e Alcides Bernal (PP).