Enquanto as movimentações começam a ganhar corpo visando à montagem dos cenários do enfrentamento eleitoral de 2018, a citação de vários nomes entre as alternativas acaba desprezando fatores geopolíticos de elevada importância. Um exemplo é a ausência de nomes de Dourados e Corumbá entre as alternativas para as chapas que disputarão o Senado.
Trata-se de dois dos cinco maiores municípios de Mato Grosso do Sul. Dourados possui deputados federais e estaduais, mas não tem representantes no Executivo Estadual e no Senado só indicou suplentes. Para quem rastreia as chances reais de possíveis concorrentes, a liderança política douradense de maior expressão para essa disputa é o ex-prefeito Murilo Zauith (PSB).
Ex-prefeito de dois mandatos, ex-deputado estadual e federal, além de ex-vice-governador, Zauith goza de um interessante acúmulo para inscrever-se nessa corrida. Não se envolveu na disputa municipal que definiu a republicana Délia Razuk para sucedê-lo – assim, não fez seu sucessor, mas ao mesmo tempo livrou-se do desgaste que poderia ter fatalmente se indicasse um candidato derrotado. Dourados é o segundo maior colégio eleitoral do Estado, condição que faz o município um fator decisivo nas eleições majoritárias.
Em Corumbá não há muitas opções competitivas. O prefeito Ruiter Cunha (PSDB) acaba de assumir seu terceiro mandato e não tem uma solução imediata para apresentar, caso a direção do partido solicite a indicação de um nome para ser avaliado na chapa senatorial. Seu antecessor, Paulo Duarte, que estava no PDT e deve ingressar no PMDB, sequer se aproxima de uma hipótese nesta direção. Para 2018 deve disputar um mandato que já teve, o de deputado estadual.