Toda crítica parte de fundamentos que, a rigor, obedecem critérios intransferíveis como o bom-senso, a responsabilidade, o conhecimento de causa, a autoridade e, especialmente, a isenção. Mas há manifestações que saem do terreno construtivo, democrático e esclarecedor da crítica para ingressar no subterrâneo enlameado da maledicência gratuita, soprada pelos ventos manjados das conveniências pessoais ou de interesses que contaminam as avaliações e conclusões.
É exatamente esse tipo de contaminação que vem sendo produzido por pessoas e setores que investem contra a mais recente pesquisa do Ipems sobre a avaliação administrativa do governador Reinaldo Azambuja. Fosse uma investida séria, respeitosa, constituída pelos padrões de crédito mais elementares, vá lá. Mas é o contrário de tudo isso.
A avaliação pré-concebida não chega a ser sequer uma crítica e vem por meios rasteiros. É nada mais que o produto de sentimentos inconfessados. A manifestação depreciativa e oportunista é própria de quem possui interesses escusos a defender, pois não fosse assim ao menos respeitaria o histórico jurídico-técnico-profissional da empresa que realizou a pesquisa. O Ipems jamais iria se expor e comprometer sua longa trajetória de sucesso na área prestando-se a simulações ou invenções como tentam propagar seus detratores.
Credibilidade em qualquer empreendimento ou profissão se conquista no dia-a-dia, com resultados e acúmulos que levam tempo considerável para que se consolidem. O Ipems está mais que consolidado por resultados que previu estatisticamente em diversas eleições dentro e fora de Mato Grosso do Sul. A pesquisa em questão, registrada conforme a lei, cumpriu todos os pré-requisitos para oferecer à opinião pública uma amostragem fiel ao momento em que se processou.
A realidade da pesquisa por certo não agradou quem torce pelo “quanto pior, melhor”. Não vai ao encontro dos interesses de fontes que, sem credibilidade e reconhecidamente carimbadas por revezes éticos e financeiros, políticos e pessoais ou empresariais, tentam desqualificar um contexto que não é de seu agrado, de seu usufruto. O Ipems pôs à disposição todos os dados – da metodologia aos questionários – para que sejam conferidos.
Ficou claro que a aprovação maiúscula da administração de Reinaldo Azambuja contrariou expectativas que projetavam-se na antevisão do fracasso do gestor tucano. E a realidade com e sem pesquisa está à mostra de quem não teme a verdade. A claridade dos fatos só não ilumina o olhar torto e conveniente daqueles que são os piores cegos, os que não querem ver.
GERALDO SILVA