Só a mobilização de rua conseguirá barrar as reformas da Previdência, Trabalhista, Política e outras mais que estão por vir e que provocarão o caos não só aos trabalhadores brasileiros, mas até mesmo às instituições do Estado. A advertência é de sindicalistas comerciários ligados à Força Sindical em Mato Grosso do Sul e à Federação dos Empregados no Comércio e Serviços – Fetracom/MS.
“As pessoas ainda não se deram conta, mas com essas reformas que estão aí, vai haver uma mudança muito grande na vida dos trabalhadores brasileiros e a intenção do Governo e o poderio econômico, que está por traz dessas reformas, é acabar com a CLT e adotar outras medidas de rigor que vão penalizar a vida de todos os trabalhadores brasileiros”, adverte Pedro Lima, presidente da Fetracom/MS.
Pedro Lima tem reunido seus sindicatos de comerciários de todo o Estado para discutir o problema e desenvolver um trabalho de conscientização popular na Capital e interior. “As pessoas precisam acordar para essas ameaças que vão atingir a todos se forem aprovadas. Depois, não terá volta. O momento de se levantar e lutar é agora”, afirma o sindicalista.
O coordenador da Força Sindical em MS, Idelmar da Mota Lima, que preside também o Sindicato dos Comerciários de Campo Grande – Seccg, foi a Brasília para uma reunião da CNTC (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio) com autoridades do Governo. A intenção é de alertar as autoridades para as ameaças que estão pairando sobre a vida de todos os trabalhadores.
Idelmar lembrou as palavras da juíza do TRT do Rio Grande do Sul, Valdete Souto Severo, que fez esta semana a seguinte advertência: “Estamos em um processo cuja implementação está começando ainda. As reformas Trabalhista e Previdenciária ainda vão trazer muitas notícias ruins para os trabalhadores, trabalhadoras e para o projeto de um Brasil que seja minimamente decente”.
Segundo a juíza, há mais de 30 projetos em tramitação no Congresso, todos apresentados pelo mesmo conjunto de forças que sustenta as reformas de Temer. “Eles irão liquidar a CLT por completo. Há um pacote de desumanidade, a começar pelo aumento da jornada de trabalho, que nos fará voltar ao cenário dos primórdios da revolução industrial”, criticou.
Divino José Martins, do Sindicato dos Comerciários de Ponta Porã, reforça a necessidade de união das centrais sindicais, federações, associações e sindicatos, nos Estados e em Brasília, “para levar o povo para as ruas para frear essa onda de maldade ao povo trabalhador brasileiro”.
A Fetracom/MS reuniu lideranças dos comerciários das seguintes cidades do Estado: Aquidauana, Douglas Rodrigues Silgueiro; Corumbá, Orlando Terredor Pinto; Naviraí, Sidney Ribeiro; Nova Andradina e região, Márcio de S. Albuquerque; Paranaíba, Claudemir Paulo da Silva; Ponta Porã, Divino José Martins; Três Lagoas, Eurides Silveira de Freitas e Estevão Rocha dos Santos, do Seaac/MS.