Crianças de oito a onze anos, residentes em Campo Grande, praticando um esporte considerado elitizado. Isso é o que acontece desde 31 de outubro de 2016, na região Jardim Aeroporto, por meio de um novo projeto social da Unimed CG, Organização das Cooperativas Brasileiras de Mato Grosso do Sul (OBC-MS) e Associação Médica de Mato Grosso do Sul (AMMS): “Cooperatênis”.
O objetivo é proporcionar novas oportunidades a crianças carentes da Capital. “Elas recebem aulas de tênis toda segunda e quarta-feira, das 14 às 16 horas, na AMMS, em uma quadra específica para o esporte, com professor qualificado e metodologia diferenciada”, explica o gerente de Desenvolvimento Humano da Unimed CG, Julio Gouvea.
O professor de tênis, Eliezer Leite, esclarece que utiliza a metodologia ‘play and stay’ em suas aulas, que significa ‘brincar e ficar’. “As crianças praticam a atividade de forma livre, sem exigência inicial de um ensino técnico, para que se movimentem e criem um vínculo prazeroso com o esporte, e aos poucos vamos evoluindo e aprofundando”.
Leite é professor há 20 anos e diz que tem sido um sonho participar do Cooperatênis. “Sempre dei aula particular e esse é o segundo projeto social que contribuo. É muito importante essa iniciativa, pois podemos ajudar crianças que vivem realidades muito diferentes da nossa, tirando da área de risco, motivando, colocando regras e proporcionando outros horizontes. É compensador”, admite.
“Antes eu brincava sozinho à tarde, agora venho à aula, estou aprendendo a fazer algo novo e fiz amizades. Estou adorando!”, comenta Luan Wendel, 10, aluno do projeto. Outra aluna, Jucilene Torres, argumenta que é divertido e que praticar exercício físico ajuda a evitar doenças e é bom para saúde. “Estou me dedicando”, afirma.
Julio Gouvea ressalta que a proposta é fomentar o acesso ao esporte e promover qualidade de vida e saúde aos participantes. “Cooperar com hábitos de vida saudável desde a infância é muito importante e a Unimed CG se preocupa com isso. Nossa natureza cooperativista faz com que tenhamos uma postura empresarial que entende que o lado econômico deve contribuir com a sustentabilidade e vida em comunidade”.
Atualmente, o projeto contempla 22 crianças e as aulas deste ano devem encerrar em 21 de dezembro. “A modalidade já é uma novidade para eles e a metodologia engloba também o que chamamos de jogos cooperativos, que trabalham inclusão e interação. Isso é um aprendizado muito positivo e buscamos sempre parcerias e realização de projetos com essa finalidade”, encerra o gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, Juarez Pereira.