Depois dos afastamentos de Dilma e Eduardo Cunha e agora, de mais um processo eleitoral na maioria dos municípios brasileiros, a tendência da economia é melhorar, de maneira lenta e gradativa. A previsão é do sindicalista José Lucas da Silva, presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso – Feintramag MS/MT.
Ele, que preside também a CSB regional MS (Central dos Sindicatos Brasileiros) prevê que nesta reta final do ano a economia deverá dar sinais positivos e animadores, a ponto de provocar a confiança de investidores brasileiros e estrangeiros, para a futura recuperação do emprego e renda de milhares de famílias que ficaram desempregadas nesta que é considerada a maior crise econômica e política da história do Brasil.
Apesar de reconhecer a importância do investidor brasileiro, José Lucas tece duras críticas a empresários pela sua política de concentrar riquezas, sem fazer justa distribuição dos ganhos entre aqueles que são os maiores responsáveis pelo faturamento das empresas: o empregado.
“Essa cultura, essa mentalidade de querer ganhar sozinho, precisa mudar no Brasil. Grandes fortunas estão concentradas nas mãos de poucos”, afirma o presidente da Feintramag e da CSB em Mato Grosso do Sul. Nas negociações salariais, segundo ele, isso sempre fica bem claro em praticamente todas as categorias: “O empresariado reluta em conceder qualquer percentual de reajuste salarial. Mal aprovam os índices inflacionários”, afirma.
A greve dos bancários, que dura quase um mês em todo o País é outro exemplo dado pelo sindicalista. “Os bancos divulgam seus faturamentos astronômicos, mesmo em tempos como esse, de crise, e relutam em conceder ganhos reais aos funcionários. Essa resistência em valorizar o trabalhador precisa acabar”, critica.
REFORMAS
As críticas do sindicalista se estendem também para o governo que quer tirar do “lombo” do trabalhador, a solução para as dificuldades financeiras que atravessa. Como, por exemplo, arrochar a vida dos aposentados e mexer nos direitos adquiridos, inseridos na CLT.
“O governo deveria ter a coragem de desenvolver reformas políticas, reformas tributárias e promover a redução de gastos públicos e diminuir, de fato, o número de ministérios. Medidas essas que ficaram apenas na promessa”, critica o presidente da CSB regional.