A terceirização, que apavorava a maioria dos sindicalistas e trabalhadores brasileiros no governo petista de Dilma Rousseff, voltou com mais força a assombrar no governo provisório de Michel Temer (PMDB). O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, tem informado que vai enviar ao Congresso até o final do ano três propostas na área trabalhista, uma delas, a regulamentação da terceirização.
“Isso tem apavorado a maioria do movimento sindical brasileiro, pois vemos nessa maldita terceirização, mais acidentes de trabalho; maior rotatividade do emprego e a precarização do trabalho”, afirma Estevão Rocha dos Santos, presidente do Seaac/MS (Sind. dos Emp. de Agentes Autônomos do Comércio e Empresas de Assessoramento, Auditoria, Perícias, informações e Pesquisas e de Empresas de Serviços Contábeis de Mato Grosso do Sul), diretor da Força Sindical Regional MS e diretor da Fetracom/MS.
Para o sindicalista a terceirização representa ainda salários mais baixos, menos direitos e menos respeito aos trabalhadores. “Não podemos permitir que esse novo governo venha com esse projeto que realmente é danoso ao trabalhador”, afirma.
Estevão Rocha alerta os parlamentares da bancada de Mato Grosso do Sul em Brasília, para que não votem favorável a essa matéria. São várias centrais, federações, confederações e até a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho – ANPT é veementemente contra esse projeto, por entender que ele é um retrocesso no mercado de trabalho e que vem apenas para favorecer ao empresariado.
O sindicalista pede também o empenho do próprio trabalhador, para que se inteire da ameaça que paira sobre sua vida trabalhista, para que fique de prontidão para o caso de ir para as ruas em protesto a essa e a outras ameaças aos seus direitos duramente conquistados. (Assessoria)