A 3ª Vara da Justiça Federal determinou o bloqueio de bens do ex-governador André Puccinelli (PMDB), por improbidade administrativa através de um processo que entrou na esfera federal em maio deste ano. Puccinelli é investigado em esquema de lavagem de dinheiro, que envolve empresários e seu ex-secretário Edson Giroto, ex-deputado federal.
As autoridades federais, e também a defesa do ex-governador, não informaram o valor dos bens de Puccinelli que foram indisponibilizados pela Justiça. Todos os processos judiciais e investigações das operações “Lama Asfáltica” e “Fazendas de Lama” tramitam em segredo de Justiça.
O advogado do peemedebista, Renê Siufi afirmou que solicitou uma cópia do processo. “Eu não consegui ter acesso ao arquivo e pedi uma cópia para a Justiça Federal. Ainda não tomei conhecimento do caso, mas devo ter ele em mãos ainda hoje para verificar exatamente do que se trata”.
Questionado sobre o valor que foi bloqueado do italiano, Renê destaca que ainda não tem conhecimento sobre o que de fato foi bloqueado. A defesa de André confirma o bloqueio faz parte das investigações da segunda fase Operação Lama Asfáltica – Fazendas de Lama, já que a juíza da 3ª Vara Federal de Campo Grande, Monique Marchioli Leite, determinou o desmembramento individual do processo da segunda fase da operação na esfera federal.
De acordo com o despacho, a magistrada argumenta que devido o pedido de vistas do ministério Público Federal aos autos para analise do pedido de liberdade provisória dos investigados que tiveram a prisão preventiva decretada na semana passada e pedido de vistas feito Pela Polícia Federal.
“Considerando o número de investigados, dentre os quais há presos, outros em regime domiciliar e soltos, e a complexidade da operação, revela-se conveniente para as investigações e, posteriormente, à instrução probatória de eventual ação penal, o desmembramento do inquérito, com fulcro no artigo 80 do Código de Processo Penal, de forma individualizada para cada investigado”, cita.
Nos documentos apurados durante as investigações da Polícia Federal e Controladoria-Geral da União, Puccinelli é chamado de “chefão” e “ex-chefão”, demonstrando que mesmo fora do governo mantinha influência e contatos dentro da Agesul.
A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do ex-governador, em 10 de maio, onde recolheu duas mochilas com documentos diversos. Puccinelli se apresentou para depor na sede da Polícia Federal. A motivação para o mandado foi contrato assinado entre o Governo do Estado e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), em 2012. (Com informações do TopMidiaNews)