O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) autorizou Mato Grosso do Sul a operar o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi), conforme portaria publicada nesta quinta-feira (14) no Diário Oficial da União. Agora, uma indústria aprovada na inspeção para comercializar seus produtos regionalmente poderá vender para todo o País. Com a ampliação do mercado, todo mundo sai ganhando: as indústrias produzem mais e geram emprego e renda.
Para o governador Reinaldo Azambuja, a decisão é uma grande conquista para o Estado. “Agora, a indústria sul-mato-grossense que passar pela inspeção municipal poderá ser fornecedora de outros estados. Esse Sistema traz competitividade para a pequena empresa poder alcançar o País todo e a aproveitar a posição geográfica privilegiada do Estado em relação a importantes mercados nacionais”, disse.
O Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal é a equivalência dos serviços de inspeção sanitária, que até agora eram separados em âmbito municipal (SIM), estadual (SIE) e federal (SIF).
Secretário de Produção e Agricultura Familiar (Sepaf), Fernando Lamas destacou que a economia sul-mato-grossense tem perfil agropecuário e que, pela sua baixa densidade populacional, o Estado precisa buscar novos mercados. “O Sistema representa novas oportunidades de negócios para as agroindústrias já instaladas, as quais poderão aproveitar suas capacidades produtivas ociosas, e serve de estímulo para instalação de novos empreendimentos no setor”, afirmou.
Segundo Lamas, atualmente existem 74 indústrias registradas no Sistema Estadual de Inspeção (SIE/MS) que vão, com pequenos ajustes, se registrar também no Sisb. Sua expectativa é que este número chegue a pelo menos 150, até o final de 2018. Das 74 empresas, conforme Lamas, 13 frigoríficos abatem hoje cerca de 150 mil cabeças de bovinos por mês. Com a adesão, este número vai dobrar, chegando a cerca de 300 mil cabeças abatidas por mês, num prazo de dois anos.
A inclusão ao Sisbi atende solicitação do Estado, que vem se adaptando para que a medida possa ser aplicada com eficiência, com apoio da Superintendência Federal da Agricultura (SFA). “Estabelecemos várias ações para obter a equivalência como a atualização da legislação, a capacitação dos médicos veterinários que fazem a inspeção e o reforço na equipe de técnicos como conhecimento na área”, disse o diretor-presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), Luciano Chiochetta.
Outros procedimentos adotados foram a regionalização da inspeção periódica e o reforço no combate ao comércio de produtos clandestinos. Depois das adequações, o Mapa fez uma auditoria, que incluiu estabelecimentos como o Frigocorte, para então liberar MS com apto a operar pelo Sistema. “Com a liberação para o segmento da carne será fácil estender para os demais”, avaliou Chiochetta. (Assessoria)