Empregados e desempregados do comércio de Mato Grosso do Sul, aguardam, com ansiedade, a retomada do crescimento da economia local e nacional para gerar emprego e renda, não apenas nesse setor, mas também nos demais segmentos econômicos do Estado. A avaliação é dos diretores da Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul – Fetracom/MS, filiada à Força Sindical regional, feita depois de estudos e levantamentos na maioria dos municípios locais.
“Acreditamos que o Brasil sairá brevemente dessa crise graças principalmente à força do trabalho do povo brasileiro. Entretanto, os governos precisam fazer sua parte e promover a confiança dos investidores e da própria Nação, para que as coisas comecem a caminhar rumo à retomada do desenvolvimento”, comentou Pedro Lima, presidente da Fetracom/MS e presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Dourados – Secod.
Recentemente, a diretoria da federação, formada por lideranças sindicais dos comerciários em todo Estado, esteve reunida em Campo Grande e uma das discussões foi essa, sobre a situação do emprego e desemprego no comércio e serviços da Capital e interior. O resultado, segundo Pedro Lima, foi que os sindicalistas estão apreensivos com o prolongamento da crise regional. “Já era para começar a reagir positivamente”, comenta Douglas Silgueiro, so SEC Aquidauana.
Os últimos acontecimentos políticos, com gravações comprometedoras de autoridades do executivo e legislativo nacional, na avaliação da direção da Fetracom/MS, atrapalham, e muito, o encaminhamento de questões fundamentais para que o País comece a andar novamente. “Nossas autoridades precisam acelerar todos esses processos e, o mais importante, estancar de vez a corrupção na administração pública, para que a corrupção, nessas proporções astronômicas, sejam páginas viradas”, avalia Estevão Rocha dos Santos, presidente do SEAAC/MS (sindicato dos empregados autônomos do comércio e serviços de MS).
Idelmar da Mota Lima, presidente do SEC Campo Grande e presidente da Força Sindical Regional Mato Grosso do Sul, também espera que as mudanças no Governo Federal, provoquem reações positivas na economia local e nacional.
FRONTEIRAS – Orlando Terredor, do SEC Corumbá, informou que as vendas do comércio da cidade caíram em mais 20% nas últimas semanas. Ele afirma que o consumidor está bastante cauteloso na hora de percorrer o comércio. Tem comprado o estritamente necessário e evitado contrair dívidas. “Sentimos que há um compasso de espera até que a economia dê sinais positivos de recuperação”, afirma Terredor. Ele afirmou também que até a presença de bolivianos no comércio local, está de maneira mais “tímida”.
Divino José Martins, presidente do SEC Ponta Porã informa que o consumidor paraguaio é quem tem mais sustentado o comércio brasileiro na cidade, em função da alta do dólar. Essa reação do dinheiro americano, em detrimento da moeda brasileira, permitiu, desde o ano passado, uma corrida inversa, de consumidores paraguaios ao Brasil. “Esse comportamento não é o ideal que almejamos, mas é o que nos tem sustentado. Sabemos, entretanto, que a recuperação da economia nacional é necessária para que as cidades e os estados voltem a crescer”, afirma o sindicalista.
Sidney Ribeiro, do SEC Naviraí; Nilson de Souza, de Nova Andradina; Claudemir Paulo da Silva, de Paranaíba; Eurides Silveira de Freitas, de Três Lagoas e Clodoaldo Fernandes, de Maracaju também afirmam que trabalhadores no comércio e serviços de suas regiões também vivem a expectativa de melhora da economia, para que possam ganhar novas oportunidades de emprego e melhoria da renda. “Para isso, precisamos que todos façam, e bem, a sua parte, especialmente o Governo”, afirma Pedro Lima. (Assessoria)