O cenário político brasileiro está tenso com a provável decisão do PMDB de romper com o governo da presidente Dilma Rousseff. A votação, na convenção do partido desta terça-feira (29) em Brasília, tem o apoio de 14 Estados, entre eles Mato Grosso do Sul.
A decisão, segundo o deputado estadual Junior Mochi, deu-se na mais recente convenção estadual do PMDB, no dia 12, quando o diretório votou com unanimidade pela recondução do vice-presidente da República, Michel Temer, ao comando da sigla, e pelo rompimento com o governo.
“Reafirmamos a decisão em reunião do partido no sábado [19]. Já passou da hora. O PMDB deve entregar oficialmente todos os cargos”, disse Mochi, contundente também sobre o posicionamento pró-impeachment de Dilma Rousseff. “Além de sair, é bem provável que os parlamentares de Mato Grosso do Sul votem a favor”.
Para a vereadora e presidente do PMDB-Mulher do Estado, Carla Stephanini, o cenário demonstra a falta de credibilidade nas questões econômica e social.
“Temos de estancar os motivos dessa crise. Temos visto claros sinais de intolerância como efeito da polarização política. É necessário recompormos a tranquilidade, trazermos o Brasil para a sua natural vocação, que é o desenvolvimento econômico e social”. Para ela, é incorreto tratar o impeachment como golpe, pois há elementos que respaldam a instalação do processo, amparado pelas leis brasileiras e seguindo orientação das determinações do STF. (O Estado de MS)