O desembargador Luiz Claudio Bonassini deu prazo de 10 dias para o Ministério Público Estadual (MPE) emitir parecer sobre volta de Gilmar Olarte (PP) ao cargo de vice-prefeito de Campo Grande. A decisão faz parte de pedido da defesa de Olarte para retornar ao cargo, que ele não ocupa desde o dia 25 de agosto do ano passado, quando foi afastado pela Justiça.
De acordo com a defesa, a volta de Olarte se justifica pelo fato das investigações da Operação Coffee Break já terem sindo encerradas, segundo os advogados do vice-prefeito afastado. Dessa forma, Olarte não teria como interferir na produção de provas.
Diante do pedido, Bonassini afirma que o MP deve ser ouvido, tendo em vista que o pedido de afastamento partiu de órgão. “A fim de informar nos autos se, efetivamente, as investigações foram encerradas, e se persiste o interesse no afastamento de Gilmar do exercício do cargo de vice prefeito”. O prazo para resposta do MPE é de 10 dias.
O desembargador também espera que o Ministério Público responda sobre a perícia feitas nos aparelhos celulares de Olarte, empresários e vereadores. Bonassini quer saber se os dados obtidos na perícia serão preservados ou inutilizados.
Afastado
Desdobramento da Operação Lama Asfáltica, deflagrada no mês de julho, culminou no afastamento de Gilmar Olarte (PP) do cargo de prefeito de Campo Grande. A procuradoria-jurídica da prefeitura foi notificada sobre o afastamento na manhã do dia 25 de agosto, no dia da Coffee Break.
O afastamento foi definido pela Justiça e repassado ao Grupo de Atuação e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), que por sua vez, entregou a decisão aos procuradores jurídicos da Administração Municipal. No início do mês de outubro, Olarte foi preso e ficou detido por cinco dias, sendo solto em 7 de outubro. Aliny Mari Dias/Correio do Estado)