Com meta de recuperar em cinco anos o potencial produtivo de dois dos oito milhões de hectares de pastagens que apresentam algum grau de degradação, o Governo do Estado lança no próximo dia 8 de março no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, um programa fundamentado na renuncia fiscal para produção incremental, a ser gerido pela Secretaria de Produção e Agricultura Familiar (Sepaf).
O Programa Estadual de recuperação de pastagens degradadas que prevê impactos econômicos que vão desde o significativo aumento da capacidade de suporte das pastagens, incremento da produção de grãos, carne bovina, cana de açúcar e madeira até o incremento do valor bruto de produção que pode chegar aos 12 bilhões, será gerido pela Secretaria de Produção e Agricultura Familiar (Sepaf).
Segundo o Secretário responsável pela pasta, Fernando Mendes Lamas, a previsão é de que nove mil novos empregos sejam criados considerando que além do trabalho de recuperação, o Governo pretende incentivar o produtor a manter essas áreas recuperadas.
Para Fernando, num Estado que possui 16 milhões de hectares sendo cultivados com pastagem e tem sua economia baseada no agronegócio é vital que o Governo mantenha discussões permanentes sobre o tema, com total envolvimento dos diversos atores desta cadeia – federação, associações, cooperativas, sindicatos, empresas de pesquisa, Governo Federal, prefeituras e instituições financeiras.
Neste programa, o secretário explica que o Governo fica responsável pela gestão e entra com o incentivo e aos parceiros cabe dar suporte para que as metas sejam cumpridas, seja disponibilizando as tecnologias, seja com trabalho de divulgação junto aos produtores ou através de ações transversais que venham a convergir com os propósitos do programa, que além de basicamente buscar a incorporação ao sistema produtivo, de áreas com reduzida capacidade produtiva, trabalhará buscando o aumento da produção de alimentos, fibras, energia e produtos florestais, a ampliação da renda nos vários elos da cadeia, para que seja assegurada a competitividade, ampliação do número de postos de trabalho e incorporação ao sistema produtivo de práticas agrícolas ambientalmente corretas, oferecendo assim maior dinamismo aos setores de produção e consumo de bens de capital e serviço, em Mato Grosso do Sul.
Logística – O programa, que será lançado em ato oficial no próximo dia 8, se baseia em componentes como a mobilização e capacitação de produtores e técnicos para elaboração e execução dos projetos, os financiamentos e os incentivos fiscais e, com especial, atenção a infraestrutura e logística.
Sobre este ultimo vale lembrar, que por conta de outras demandas, o Estado está sendo mapeado e, como observou Lamas, atuar nesta frente sempre esteve entre as prioridades do Governo. “Já estamos focados na adequação de estradas e pontes e devemos intensificar as ações para instalação e ampliação de armazéns”.
De forma mais abrangente Lamas lembra ainda que uma das metas do programa, de fundamental importância, trata da responsabilidade com o meio ambiente e a sustentabilidade das atividades produtivas no Estado, quando prevê a redução, nos cinco anos propostos, da emissão de gases de efeito estufa na ordem de 20,5 milhões de toneladas equivalente.
Para exemplificar de forma prática uma das inúmeras vantagens que o produtor pode obter ao participar do programa que tem no decorrer do seu processo a necessidade de importantes investimentos por parte do produtor, Lamas lembra dados da Embrapa – que é a precursora das tecnologias a serem utilizadas no programa – que dão conta de que, uma arroba de boi mantido numa pastagem degradada custa em média R$ 120,00 e uma arroba de boi mantido numa pastagem recuperada custa pouco mais R$ 50,00.
A equipe da Sepaf e da Secretaria de Fazenda aprofundaram durante as ultimas três semanas, as discussões em torno dos incentivos, que devem ser apresentados durante o ato de lançamento do programa que deve contar com a presença do Governador Reinaldo Azambuja e das principais lideranças ligadas ao setor no Estado. (Assessoria)