O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concordou em adiar por um mês a imposição de tarifas de 25% sobre veículos fabricados no México e no Canadá, após uma conversa com os CEOs da General Motors (GM), Ford e o presidente da Stellantis.
As montadoras solicitaram a isenção das tarifas para veículos que cumpram as regras de origem do Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA) de 2020, beneficiando tanto as montadoras norte-americanas quanto as estrangeiras que seguem essas diretrizes.
A cadeia de suprimentos automotiva na América do Norte é altamente integrada entre Estados Unidos, Canadá e México, com peças cruzando fronteiras em várias etapas de fabricação. As montadoras expressaram preocupação de que as tarifas pudessem desestabilizar essa cadeia e aumentar os custos de produção. Após o anúncio do adiamento, as ações da Ford subiram quase 4%, enquanto os papéis da GM tiveram alta de 5%.
O adiamento das tarifas visa proporcionar às montadoras tempo para ajustar suas operações e investimentos nos EUA, garantindo que não sejam prejudicadas por mudanças abruptas nas políticas comerciais. No entanto, tarifas recíprocas ainda estão programadas para entrar em vigor em 2 de abril, o que poderia impactar significativamente a produção automotiva nos EUA.
As montadoras têm se comprometido a aumentar os investimentos automotivos nos EUA, mas buscam clareza sobre as políticas tarifárias e ambientais. A Stellantis, por exemplo, destacou a necessidade de tempo antes de realizar grandes mudanças, afirmando estar preparada para trabalhar com o governo Trump para apoiar mais investimentos em sua presença industrial nos EUA, desde que essas mudanças não impactem negativamente os negócios e os clientes.
A decisão de adiar as tarifas pode afetar algumas montadoras estrangeiras que optaram por pagar a tarifa de 2,5% para exportar veículos do México para os EUA, em vez de cumprir as regras de livre comércio da América do Norte. O presidente Trump, em discurso no Congresso, mencionou que as tarifas e outras políticas resultarão em maior crescimento e “permitirão que nossa indústria automobilística dispare”.