Mesa Diretora até já instituiu “Comissão Temporária” que irá acompanhar e monitorar as ações
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Mães atípicas. Esta é a denominação que identifica um dos mais judiados segmentos da população brasileira, formado pelas famílias que possuem filhos com deficiências, síndromes raras, transtornos ou outra condição que afete seu desenvolvimento. Há um conjunto de necessidades que não são atendidas, tanto para as mães como para seus filhos – e em razão disto, todos os 24 deputados estaduais da Assembleia Legislativa (Alems) se engajaram para levar adiante a luta por esses direitos.
Depois de tomarem espaços na Alems no último dia 5 para fazer suas reivindicações, as mães atípicas voltaram para uma reunião terça-feira (11), sugerida por Pedrossian Neto (PSD). Enquanto isso, os integrantes da Mesa Diretora – presidida por Gerson Claro (PP), tendo Paulo Corrêa (PSDB) de 1º secretário – criaram a ‘Comissão Temporária de Representação para Monitoramento e Acompanhamento das Demandas e Reivindicações do Movimento de Mães Atípicas de Campo Grande”.
Os membros deste colegiado provisório são os deputados Pedrossian Neto (PSD), o presidente. João Henrique (PL), Neno Razuk (PL), Lia Nogueira (PSDB), Gleice Jane (PT) e Mara Caseiro (PSDB). Segundo opina Pedrossian Neto, toda a população está atenta ao que acontece com as mães atípicas, que têm filhos com deficiência intelectual, Transtorno do Espectro Autista, Síndrome de Down e paralisia cerebral. Eles enfrentam diversas dificuldades, ora de locomoção, ora de dieta enteral com sonda nasogástrica, entre outras demandas.
OMISSÃO
“O poder público, sobretudo da capital, tem se omitido, não fornece os meios para que as mães possam cuidar dos seus filhos adequadamente”, lamentou Pedrossian. No encontro, o grupo relatou atrasos para retirada de medicamentos e outros produtos, além de não conseguir vários itens de fornecimento obrigatório e básicos, como as fraldas ou fórmulas para dieta especial. A vice-presidente do grupo de mães atípicas, Joelam Belo, frisou: “Há dois anos e meio estamos na luta em busca da ajuda, tanto do município quanto do Ministério Público, para o auxílio e para que nós sejamos vistas”.
Mãe atípica, a deputada estadual Lia Nogueira (PSDB) compartilhou sua experiência com seu filho mais velho, João Vitor, que é autista. Ela disse que descobriram tardiamente e relatou a luta para buscar um laudo em outro Estado. Citou uma cartilha orientativa de auxílio às famílias atípicas para obtenção do desconto de 60% no IPVA. “É uma bandeira que levantamos aqui no legislativo e foi uma baita conquista. Precisamos cuidar, para o resto da vida”.