Obra da Rota Bioceânica tem 60% já executados e previsão de entrega no primeiro semestre de 2026
No dia 13 de dezembro de 2021, adotando medidas protetivas contra a Covid-19, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o presidente do Paraguai, Mário Abdo Sanchez, celebravam formalmente a articulação entre os dois países para autorizar o início das obras do Corredor Bioceânico (ou Rota Bioceânica). Hoje (quarta-feira, 27), quase três anos depois, Azambuja festeja a materialização de um antigo sonho integracionista.
Ao reportar-se à construção da ponte entre Porto Murtinho (no Brasil) e Carmelo Peralta (no Paraguai), o ex-governador repercutiu, em postagem no Instagram, o avanço da obra que materializa o ponto de saída e de chegada para quem seguir este corredor futurista. “Esta ponte sobre o Rio Paraguai é que viabiliza a rota, o caminho mais curto para a Ásia e que torna os nossos produtos mais competitivos”, enfatizou.
Azambuja recorda que teve a oportunidade de ajudar a construir este sonho, frisando ter dialogado com o presidente paraguaio na época, Mário Abdo Benites, diretores da Itaipu Binacional e representantes do governo brasileiro em todas as instâncias. “Hoje, a ponte está com 60% das obras já executados e 400 operários nos canteiros de obras. Deve ficar pronta até 2026. A rota abre caminho para o maior mercado do mundo, o asiático, e atrai novas empresas”, acrescentou.
LANÇAMENTO
Azambuja e o presidente Mario Abdo Benítez assinaram a autorização para as obras da ponte, defendendo medidas que consideram fundamentais para seu melhor aproveitamento por todos os países do corredor (Brasil, Paraguai, Argentina,m Peru e Chile). Depois de acentuar que um dos grandes desafios comerciais será desburocratizar o setor alfandegário, o ex-governador assinalou que, além da economia e da geração de empregos, a rota vai gerar impactos positivos na cultura, no conhecimento, no turismo e nas políticas articuladas de sustentabilidade.
Na ocasião, ele observou que o Centro-Oeste exporta 68% de sua produção aos países asiáticos e a rota vai encurtar distâncias e reduzir o custo do frete em até 35%. Ao advogar a formalização de um acordo alfandegário comum, com um registro único para as mercadorias, sugeriu: “O Brasil deve promover a organização do tratado específico do Mercosul para que tenhamos desembaraço alfandegário e maior agilidade na movimentação das mercadorias”.