Categoria reivindica aumento real e melhores condições de trabalho; paralisação pode afetar milhares de passageiros
Os motoristas de ônibus de Campo Grande estão em alerta. Após diversas rodadas de negociação sem avanços significativos, a categoria ameaça realizar uma greve na próxima segunda-feira. A principal reivindicação é por um reajuste salarial que compense a inflação e garanta um aumento real nos ganhos.
O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano (STTCU) alega que a proposta apresentada pelo Consórcio Guaicurus, de apenas 4% de reajuste, é insuficiente para atender às demandas da categoria. Os motoristas buscam um aumento real nos salários, além de melhorias nas condições de trabalho.
Atualmente, os motoristas recebem um salário base de R$ 2.749, além de benefícios como ticket alimentação, PLR e plano de saúde. No entanto, a inflação e o aumento do custo de vida têm corroído o poder de compra dos trabalhadores, o que justifica a busca por um reajuste maior.
A greve, caso seja confirmada, pode causar um grande impacto na mobilidade urbana de Campo Grande, afetando milhares de passageiros que dependem do transporte coletivo para se locomover. A paralisação também pode gerar transtornos para o comércio e para outras atividades econômicas da cidade.
O presidente do STTCU, Demétrio Ferreira, afirma que a categoria está disposta a negociar, mas que não abrirá mão de um aumento real nos salários. “Já existe uma insatisfação muito grande da categoria. A gente precisa de ganho real”, ressalta.
O Consórcio Guaicurus, por sua vez, alega que a proposta apresentada já leva em consideração a inflação e a situação financeira da empresa. A empresa argumenta que um reajuste salarial maior pode comprometer a sustentabilidade do sistema de transporte coletivo.