Temporada de ofertas traz oportunidades e também riscos em função do aumento de golpes e ameaças cibernéticas
A Black Friday chegou ao Brasil em 2010 e desde então é uma das datas mais aguardadas pelos consumidores, que aproveitam as promoções para garantir os mais variados produtos. Segundo pesquisa do Mercado Livre, um dos maiores marketplaces em operação no país, 85% dos consumidores pretendem realizar compras na Black Friday deste ano. Só que junto às compras, também crescem os golpes e as fraudes.
A Trend Micro, líder global em segurança cibernética, alerta as empresas para os riscos do período e a necessidade de tomar medidas preventivas para conscientizar os colaboradores e proteger a superfície de ataque. “As compras digitais aumentam no final do ano e os atacantes começam a trabalhar mais intensamente para induzir os consumidores ao erro por meio de ofertas maliciosas”, destaca Fabio Augusto, Senior Sales Engineer da Trend Micro.
O executivo diz que os colaboradores de varejistas e marketplaces costumam ser alvos prioritários dos hackers do mal pelo fato de as empresas promoverem campanhas promocionais dirigidas ao público interno. “Muitas marcas distribuem cupons de desconto e realizam ações voltadas aos próprios colaboradores, que se não estiverem devidamente treinados podem morder a isca e acabar sendo a porta de entrada para os golpistas”, explica Fábio.
Para blindar a superfície de ataque contra ameaças, as empresas devem investir em: Campanhas de conscientização junto aos colaboradores; Soluções para proteção das estações de trabalho; Criptografia de dados; Plataforma XDR.
CONSUMIDORES
Já os consumidores devem tomar algumas medidas para não cair em golpes como phishing, o mais utilizado pelos atacantes. “O primeiro passo é observar erros de digitação no corpo do e-mail ou no nome do remetente. O mesmo vale para quando for acessar uma URL. Confira sempre a grafia do domínio e a veracidade do site antes de realizar a compra”, recomenda o especialista.
A divulgação de promoções falsas, cópias de lojas oficiais ou mensagens de bancos via SMS, com o intuito de fazer com que o usuário clique em um link infectado ou forneça informações bancárias, multiplicam-se nessa época do ano e requerem que os consumidores redobrem a atenção. É preferível, por exemplo, digitar o endereço diretamente no navegador em vez de clicar em links cuja procedência não possa ser verificada.
O volume de vendas atinge níveis exponenciais na Black Friday e cada minuto fora do ar pode representar um prejuízo de milhões para os varejistas. Assim como cair numa armadilha por clicar num link malicioso pode provocar uma enorme dor de cabeça no consumidor.