Com perícia autorizada, ex-governador e mais oito pessoas de seu grupo estão com julgamento marcado
O salvo-conduto que André Puccinelli (MDB) tinha a cada trâmite que ficava enganchado nos tribunais parece ter perdido a sua validade. A Justiça Federal marcou o julgamento do ex-governador emedebista, mais dois dos antigos e fiéis escudeiros, o ex-deputado federal e ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto, e o empresário João Amorim, e outras seis pessoas.
Foi autoriza também pela Justiça a perícia das provas recolhidas na investigação. O grupo é acusado de fraude em licitação, superfaturamento e desvios de recursos públicos em uma obra da Avenida Lúdio Coelho. A 3ª Vara Federal acatou pedido da defesa para realizar perícia para apurar os desvios e prejuízos à União de R$ 4,8 milhões na obra no trecho entre entre a Avenida Duque de Caxias e a Rua Antonio Bandeira.
As obras foram executadas pelo “Consórcio Lagoa”, formado pelas empresas Proteco Construções Ltda. e Movitarra Construções e Comércio Ltda. Além de Puccinelli, Giroto e Amorim, vão responder às acusações a ex-presidente da Agesul (Agência Estadual de empreendimentos), Maria Wilma Casanova Rosa; a empresária Elza Cristina Araújo dos Santos; e o servidor da Secretaria de Infraestrutura, Hélio Yude Komiyama.
As audiências de instrução e julgamento ocorrem nos dias 23, 24, 25, 26, 27 e 28 de junho de 2025 e são concluídas em 5 e 6 de agosto. O ato processual será realizado por videoconferência. As partes poderão solicitar o comparecimento pessoal no fórum, notadamente para os interrogatórios se assim desejarem.