As chuvas dão alívio aos moradores e as equipes que atuam no combate às chamas no bioma
Todos os focos de incêndio no Pantanal foram controlados graças às chuvas que atingiram Mato Grosso do Sul nos últimos dias. As precipitações são um alívio para os militares que trabalham incansavelmente no combate às chamas na região.
No entanto, o monitoramento continua nas áreas críticas, principalmente próximo ao Parque Estadual Pantanal do Rio Negro, Serra do Amolar, Passo do Lontra e Paiaguás, para evitar novos focos de incêndio.
Área queimada
Do início do ano até o último dia 15 de outubro, o fogo devastou 2.449.750 hectares do território pantaneiro nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, o que representa uma redução de 28,6% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram queimados 3.429.300 hectares, considerada até então a pior temporada de incêndios no Pantanal de MS.
Os números são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da UFRJ.
Os focos de calor detectados via satélite neste mesmo período chegam a 13.582, ou seja, 34,7% a menos em relação ao mesmo período de 2020, quando foram registrados 20.796, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Operação Pantanal
Atualmente, a Operação Pantanal, força-tarefa montada para combater os incêndios, possui um efetivo de 151 bombeiros militares de Mato Grosso do Sul, alocados em diferentes cidades. . A operação ainda conta com o apoio de 79 militares da Força Nacional de Segurança Pública.
Além disso, o reforço inclui representantes da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro, Força Aérea, polícias Federal e Militar de Mato Grosso do Sul, agentes do IBAMA, ICMBio e brigadistas do PrevFogo. Na frota, estão 47 veículos, incluindo aeronaves, caminhões, caminhonetes e embarcações.
Regiões em monitoramento
Parque Estadual Pantanal do Rio Negro: Duas áreas do parque foram afetadas por focos de incêndio ao longo da semana. A primeira, entre o Rio Negro e o Rio Abobral, e a segunda, situada entre o Rio Vermelho e o Rio Miranda, nas proximidades do Morro do Azeite, seguem sendo monitoradas pelas equipes com o uso de drones.
Nesta segunda-feira (28), foram detectados pontos de calor dentro da área que foi queimada nos últimos dias. Diante disso, a equipe de geomonitoramento da Sala de Situação do Sistema de Comando de Incidentes (SCI) continua acompanhando e mantendo vigilância contínua sobre a região, mas, até o término deste relatório diário, não houve acionamento de equipes para realizar ações de combate.
Região de Paiaguás: Os dois pontos de calor detectados na tarde deste domingo (27) seguem sendo monitorados pela Sala de Situação do SCI, pois não houve necessidade de empenho das guarnições para combate. Os pontos estão localizados em lugares distintos, sendo um próximo à Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Santa Cecília II, que começou a ser afetada por incêndios desde o dia 19 do corrente mês, com ações de combate realizadas por uma equipe do CBMMS nos últimos dias. O outro ponto se encontra próximo à divisa com o estado de Mato Grosso, a pouco menos de 25 quilômetros da Base Avançada São José do Piquiri.
Serra do Amolar: A região do Amolar vem enfrentando focos recorrentes de incêndio nas últimas semanas, exigindo vigilância constante das equipes de combate. Duas áreas de calor foram detectadas por satélite, uma a oeste e outra a leste do rio Paraguai. As duas equipes, compostas por militares do CBMMS, permanecem em prontidão na Base Avançada do Amolar, monitorando de perto a situação.