Investigação detalhada busca identificar responsáveis por problemas ambientais
A Polícia Militar Ambiental (PMA) está intensificando as investigações sobre o sumiço de trechos de água e o aumento da turbidez no Rio da Prata, em Jardim, um dos principais atrativos turísticos da região. A iniciativa atende a um pedido do Ministério Público Estadual (MPE), que abriu dois inquéritos civis para apurar as causas dos problemas e buscar soluções definitivas.
A PMA já identificou quatro propriedades rurais nos trechos percorridos do rio, mas ainda não apontou responsáveis diretos pelos danos ambientais. Em documento enviado à Promotoria, o subtenente Esmael Ogeda, chefe da PMA em Jardim, justificou a necessidade de mais tempo para concluir a investigação, devido à complexidade do trabalho e às condições adversas do terreno.
O promotor Alan Carlos Bocacho do Prado, responsável pelos inquéritos, acatou o pedido da PMA e concedeu um prazo de 60 dias para que a corporação apresente um relatório completo sobre a situação.
A sujeira na água, que ocorre a partir do encontro com o Rio Verde, já havia sido denunciada por um grupo de moradores em maio deste ano. Em um documento enviado ao MP, o grupo “Unidos pelo Rio da Prata” apresentou fotos que evidenciam a presença de lama e sedimentos na água, comprometendo a qualidade ambiental e o turismo na região.
A suspeita é que tanto o sumiço da água quanto a poluição estejam relacionados ao descumprimento da legislação ambiental, especificamente à falta de Áreas de Preservação Permanente (APPs) nas margens do rio. O desmatamento e a ocupação irregular dessas áreas podem contribuir para a erosão do solo, assoreamento dos rios e alteração do regime hídrico.
PMA está realizando um trabalho minucioso de campo, percorrendo as margens do rio e coletando evidências para identificar os responsáveis pelos danos ambientais.