A Operação Ultima Ratio, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (24), atingiu em cheio a cúpula do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul. Além de afastar cinco desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado (TJMS), a operação também culminou no afastamento de quatro conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS), incluindo o atual corregedor-geral da Corte de Contas, Osmar Domingues Jeronymo.
A família Jeronymo foi um dos principais alvos da operação. Além do conselheiro, seus sobrinhos Danillo e Diego Moya Jeronymo, ambos servidores públicos, também foram afastados de suas funções. As investigações apontam para um esquema de corrupção que envolve a venda de decisões judiciais, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Com os afastamentos, quatro conselheiros do TCE-MS já estão longe de suas funções, investigados por crimes como fraude a licitação, apropriação de dinheiro público, falsidade ideológica e falsificação de documentos. Além de Osmar Jeronymo, Waldir Neves, Iran Coelho das Neves e Ronaldo Chadid também respondem a processos.
A operação, autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, iniciada em 2021. As investigações apontam para um esquema criminoso que atuava há anos no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul, envolvendo a venda de decisões judiciais em troca de vantagens financeiras.
Além de afastar cinco desembargadores do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), a operação Ultima Ratio (equivalente a último recurso), deflagrada nesta quinta-feira (24) pela PF (Polícia Federal), afastou o conselheiro Osmar Domingues Jeronymo do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado). Ele é atual corregedor-geral da Corte Fiscal. Também foi afastado Danillo Moya Jeronymo, sobrinho do conselheiro, mas que é servidor no TJMS. Diego Moya Jeronymo, sobrinho do conselheiro, é outro alvo.