O curso de água sofre com desmatamento e assoreamento em Jardim
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abriu um inquérito civil para investigar a causa do turvamento e sujidade das águas do Rio da Prata, após o desemboque de seu afluente, o Rio Verde. A decisão foi tomada após denúncias sobre os danos ambientais causados pela lama que o Rio Verde carrega, impactando diretamente o ecossistema do Pantanal.
O Rio da Prata, famoso por suas águas cristalinas e um dos principais destinos turísticos de Mato Grosso do Sul, vem sofrendo com a poluição causada pelos sedimentos carregados pelo Rio Verde. O problema se agravou nos últimos anos, com o aumento do desmatamento e do assoreamento na região.
“O Rio Verde tem um problema grave de mata ciliar, mau uso do solo, assoreamento e processos erosivos. É importante que a gente tenha um olhar para o Rio Verde, que impacta diretamente o Rio da Prata e o Rio Miranda. Alguma coisa precisa ser feita de forma emergencial porque esses danos são muito graves para a bacia do Rio Miranda”, alerta o biólogo Sérgio Barreto, do Instituto Homem Pantaneiro.
Os sedimentos que vêm pelo Rio Verde deságuam no Rio Prata e são carregados para o Miranda, comprometendo a qualidade da água e a biodiversidade da região. O assoreamento acelerado desses rios representa uma grave ameaça ao ecossistema do Pantanal, um dos maiores do mundo.
A falta de fiscalização e o descaso com o meio ambiente têm contribuído para a degradação dos rios da região, colocando em risco a fauna e a flora, além de comprometer o turismo e a economia local.
É urgente a adoção de medidas para conter a degradação do Rio Verde e proteger o ecossistema do Pantanal.