Quem estiver – de fato ou de direito – bem informado sobre a história, não tem qualquer hesitação em alçar Mato Grosso do Sul ao mais elevado dos patamares do protagonismo desenvolvimentista do Brasil. Neste 11 de outubro, ao completar 47 anos de nascimento, a unidade federativa criada com o propósito de ser um modelo de evolução econômica e social e uma referência no conceito de uso territorial.
Era uma ideia das mais promissoras, adornadas pelo otimismo de seus formuladores. Mas em seus primeiros momentos de execução teve a experiência do naufrágio. O Estado modelo não resistiu ao desconforto político e institucional que marcaram seu nascimento, como bem ficou demonstrado na doentia disputa das oligarquias locais pela assinaturas do presidente da República para nomear o primeiro governante.
E foi por esta razão que Mato Grosso do Sul nasceu com um defeito de fabricação, gerado por um regime obscuro, no qual o voto popular não tinha valor e a palavra que mandava era a das divisas fardadas. Não por acaso, fruto do desentendimento doméstico, a caneta do general nomeou um gaúcho para governar os sul-mato-grossenses.
Ainda bem que o dono daquela caneta soube fazer a escolha: Harry Amorim, o gaúcho, era um técnico gabaritado, gestor de excelência, e tão afeiçoado à terra que, mesmo sendo derrubado em apenas seis meses de gestão, deixou marcas organizacionais inconfundíveis e aqui fincou raízes afetivas e políticas, elegendo-se deputado federal e escrevendo capítulos de inestimável valor histórico.
Depois disso, Mato Grosso do Sul foi ao céu e ao inferno em ciclos sucessivos de controle político e eleitoral. Cada um, mesmo com tropeços de percurso, fez obras importantes, de universidades a estradas. Entretanto, nenhum conseguiu somar tantos avanços em quantidade e qualidade de intervenções como Reinaldo Azambuja.
Sem favor algum, sem desmerecer os demais, entre os quais o atual gestor, Eduardo Riedel, que continua e aprimora esta herança, Azambuja foi ao mesmo tempo o professor e o aluno da governança vitoriosa. Porque nenhum outro antecessor enfrentou tantas e tão pesadas e sucessivas cargas de crises e emergências em todos os setores.
Durante oito anos, resistindo a impactos violentos como os da longa crise econômica e a pandemia de Covid-19 entre 2010 e 2022, ele não só bloqueou a carga destrutiva da recessão como, ao mesmo tempo, capacitou Mato Grosso do Sul a ser reconhecido nacionalmente como o Estado líder em desempenho na geração de empregos, na inclusão social, na atração de investimentos e na excelência de gestão. É o rincão brasileiro que fascina os investidores e encanta os turistas, que abre portas e oportunidades a todas as pessoas. É aquilo que se pretendia quando a Lei Complementar 31 foi editada: ser um Estado Modelo.
E quem duvida disto não mora ou não gosta daqui.