Treinador quer o time dominando as ações, mas com cautela na defesa
Quando o Brasil entrar em campo nesta quinta-feira (10), às 21h (horário de Brasília), contra o Chile, em Santiago, o plano de jogo da equipe de Dorival Júnior estará claro desde o início: manter a posse de bola, atacar com intensidade e buscar os três pontos fora de casa.
A vitória contra o Chile é crucial pela necessidade urgente de resultados nas Eliminatórias. O Brasil precisa pontuar para garantir sua posição na zona de classificação para a Copa do Mundo. A Seleção ocupa atualmente o 5º lugar, com 10 pontos, oito a menos que a líder Argentina. O Chile, 9º colocado com 5 pontos, vem de uma derrota em casa para a Bolívia.
A estratégia de Dorival Júnior é aproveitar a profundidade e velocidade do quarteto de ataque com Igor Jesus, Rodrygo, Raphinha e Savinho para pressionar a defesa chilena e criar espaços na intermediária. O técnico reconhece que a infiltração no último terço é um desafio, mas confia na capacidade de seus jogadores de improvisarem e tomarem decisões rápidas.
“É um aspecto que falta: as infiltrações não acontecem às vezes. A característica do jogador pode prejudicar o desenvolvimento. Depende do contexto do jogo. Queremos estimular e que façam o máximo possível. Jogador precisa ter liberdade no último terço. Comissão técnica tem obrigação de fazer o time chegar no último terço. Nessa parte, existem os movimentos combinados para gerar infiltrações. Trabalhamos isso, existem movimentos combinados. O que vão executar vai da cabeça de cada um. Uma tabelinha, jogada individual? A obrigação é aproximá-los para movimentos combinados. Se não quiserem executar ou não enxergarem possibilidade, precisam gerar jogadas individuais” analisou Dorival.
Dorival sabe que o Brasil precisa buscar os três pontos, mas também precisa saber o que fazer quando não estiver com a bola e sofrer como ocorreu na derrota para o Paraguai, por 1 a 0, na última partida das Eliminatórias.
“Em todos os jogos que nós tivemos, eu não vi nenhuma equipe envolver com segurança a equipe brasileira, mesmo que nós estejamos nesse momento instável. Eu acho que tudo o que nós pudemos fazer para que pudéssemos mastigar o máximo possível a equipe adversária foi feito, apresentando todas as possibilidades possíveis. Agora, uma partida se decide naturalmente em detalhes que às vezes fogem ao controle de quem esteja fora de campo, mas que são fundamentais. Esses detalhes precisam estar alertas na cabeça de cada um que vá para dentro, tentando fazer o seu melhor e, coletivamente, que nós possamos fazer um jogo bem superior àquilo que nós apresentamos anteriormente” justificou o treinador.
Contra o Chile, o Brasil deve entrar em campo com Ederson, Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Abner; André e Lucas Paquetá; Savinho, Raphinha, Rodrygo e Igor Jesus. Na sequência das Eliminatórias, o adversário da Seleção será o Peru, lanterna da competição com apenas três pontos, em partida que será disputada na terça-feira, em Brasília.