Presidente da Alems acredita que a medida acaba com o cenário de “quase perenidade eleitoral”
Para o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), Gerson Claro (PP), unificar as eleições é a melhor alternativa que pode ser adotada no País para aprimorar o processo democrático. Ele opina que a democracia brasileira já está consolidada por um suporte tecnológico que garante a transparência do processo eleitoral, com urnas eletrônicas blindadas à prova de qualquer tentativa de fraude, para adotar um modelo unificado de eleições.
Gerson chama a atenção para duas propostas que estão tramitando no Congresso Nacional para unificar o calendário eleitoral. “Esta inovação só poderia ser instituída a partir de 2028, para evitar os casuísmos como a prorrogação de mandato implantada em 1982”, alinha. Naquele ano, lembra, os prefeitos e vereadores teriam de ser eleitos excepcionalmente, para mandatos de seis anos.
EXPERIÊNCIA
Outra referência busca 1986, ano em que não havia eleição direta para Presidente da República. “O País teve uma experiência de eleição unificada nas esferas municipal, estadual e federal”, observa. “A unificação do calendário eleitoral não reduziria os custos do processo eleitoral, mas acabaria com o cenário atual de quase perenidade eleitoral”, argumenta. “E é só terminar a eleição municipal que no ano seguinte começa o processo de articulação da eleição para as Assembleias, o Congresso Nacional e a Presidência”, completa.
Eleição de dois em dois, segundo pontua o deputado progressista, compromete o planejamento administrativo. Em ano de eleição, há uma série de limitações para transferências de recursos voluntárias por meio de convênios, por exemplo. A projeção é que a eleição deste ano custe aos cofres públicos R$ 11 bilhões. Gerson Claro fez estas considerações em juma entrevista após votar, na Escola Municipal Valério Carlos da Costa, em Sidrolândia.