O evento, marcado para esta quinta-feira (3), reúne cinco candidatos dos principais partidos
Com a reta final das eleições municipais se aproximando, o debate organizado pela TV Morena, afiliada à Globo, desponta como o último grande momento para os candidatos à prefeitura de Campo Grande tentarem mudar o jogo.
O evento, marcado para esta quinta-feira (3), reúne cinco candidatos dos principais partidos, todos com ao menos cinco representantes no Congresso Nacional: Adriane Lopes (PP), Beto Pereira (PSDB), Camila Jara (PT), Luso de Queiroz (PSOL) e Rose Modesto (União Brasil).
Com as pesquisas apontando uma disputa acirrada, especialmente entre Rose Modesto e Beto Pereira, que estão tecnicamente empatados, o debate é visto como uma oportunidade crucial para definir os rumos da eleição.
Para os demais candidatos, Adriane Lopes, atual prefeita, Camila Jara e Luso de Queiroz, esta também é a chance de alavancar suas campanhas e reduzir a diferença, especialmente junto ao eleitorado indeciso.
O impacto do debate
Historicamente, debates televisivos em horários de grande audiência desempenham um papel determinante nas campanhas eleitorais, principalmente em momentos onde o eleitor ainda não definiu totalmente seu voto. No caso de Campo Grande, onde os candidatos estão numa intensa disputa por cada voto, o confronto de ideias e propostas transmitido pela TV Morena pode ser decisivo.
Adriane Lopes, que busca a reeleição, deve utilizar o debate para defender sua gestão, apresentando propostas de continuidade e novos projetos para a capital sul-mato-grossense. Ela deverá lidar com questões relacionadas à saúde, infraestrutura e transporte, temas que foram destaque em sua campanha até agora.
Beto Pereira, representante do PSDB e apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, deve focar em sua capacidade de gestão e sua experiência como deputado federal.
Ele tentará capitalizar sua imagem de eficiência administrativa, prometendo modernizar a cidade, especialmente nas áreas de segurança e desenvolvimento econômico.
Rose Modesto, do União Brasil, que conta com o apoio do governo federal, entrará no debate buscando manter sua base eleitoral e atrair os indecisos, apostando em sua experiência política e no discurso de renovação. Com propostas voltadas à educação e à inclusão social, Rose espera destacar-se como uma alternativa viável para quem busca mudança.
Camila Jara, do PT, buscará se consolidar como a candidata progressista, trazendo temas como a participação popular e os direitos das minorias ao centro do debate. Já Luso de Queiroz, do PSOL, que carrega consigo a bandeira da justiça social e do combate às desigualdades, terá como principal desafio se destacar entre os candidatos mais experientes e de maior expressão.
Efeito sobre o eleitor
Embora muitos eleitores já tenham uma posição definida, o debate pode ser o fator determinante para uma reavaliação das escolhas, especialmente para aqueles que ainda estão indecisos ou propensos a mudar de voto. Com temas como saúde, educação, segurança e o futuro econômico da cidade em pauta, os candidatos terão a oportunidade de confrontar diretamente as preocupações da população, o que pode alterar o cenário da disputa.
Além disso, o formato do debate, que possibilita a troca direta de argumentos entre os candidatos, permite que o eleitor visualize melhor como cada um lida com a pressão e as críticas. Em um contexto eleitoral onde os ânimos estão acirrados e as campanhas se tornam mais intensas, os candidatos terão que equilibrar ataques e propostas para convencer um público exigente e bem informado.
O debate da TV Morena marca, portanto, o clímax de uma campanha marcada por reviravoltas, apoios políticos de peso e estratégias cada vez mais calculadas. Com a eleição se aproximando rapidamente, este encontro entre os principais postulantes ao cargo de prefeito pode ser decisivo para quem busca uma virada ou, pelo menos, consolidar suas chances rumo à vitória.
O eleitor, por sua vez, tem nesta última etapa um momento crucial para firmar sua decisão, avaliando o desempenho dos candidatos e refletindo sobre quem melhor poderá representar os interesses de Campo Grande nos próximos quatro anos.