Mariana Agostinho Defensor, de 32 anos, foi golpeada com 58 facadas pelo marido Jailton Pereira dos Santos, de 33 anos, na frente dos dois filhos, no domingo (22). Do total de facadas, 17 foram na região do rosto, deixando a vítima desfigurada.
De acordo com informações policiais, a mulher estava desaparecida quando o esposo foi encontrado desacordado no carro da família na região da Gleba Vitória, em Ivinhema, após tentar cometer suicídio. Ele foi socorrido, entubado e transferido para um hospital em Dourados, onde retomou a consciência.
A Polícia Civil passou a tratá-lo como o principal suspeito após a coleta de depoimentos de testemunhas e a perícia realizada no veículo.
Com base nas provas obtidas, a Polícia Civil solicitou a prisão temporária do indivíduo, que foi autorizada pelo Poder Judiciário e endossada pelo Ministério Público. Assim que recobrou a consciência no hospital, o marido foi preso e confessou o crime.
Em depoimento, o assassino revelou que, após uma discussão dentro do carro, desferiu os golpes fatais em Mariana na presença dos dois filhos pequenos do casal, uma menina de 3 anos e um menino de 1 ano, que estavam no banco traseiro.
A briga do casal teria ocorrido, pois Mariana se negou a ir em uma festa que ambos foram convidados. Após a discussão, o homem teria colocado os três dentro do veículo, transitado pela cidade e parado no canavial, onde a briga se intensificou.
Após o assassinato, ele pegou o corpo da vítima nos braços e ocultou em um canavial na área rural de Ivinhema.
Ao retornar para o veículo, foi questionado pelos filhos de onde estaria a mãe e alegou que ela ficaria dormindo no local. Em seguida, ele levou as crianças até a residência da avó materna e fugiu.
Já sozinho, Jailton foi para a Gleba Vitória, mas diz que não se recorda do que aconteceu após o crime. Entretanto, investigações apontam que ele começou a andar pela região pedindo uma corda, dizendo que o carro teria atolado.
Em seguida, ele ligou para uma pessoa afirmando que cometeria suicídio e onde poderia ser localizado, sendo resgatado antes.
De acordo com o delegado Gustavo Oliveira dos Santos não há nenhum boletim de ocorrência ou histórico de violência doméstica contra o acusado.