“Precisamos enfrentar a questão do viaduto da Coca-Cola como algo prioritário. Esse projeto, a partir de 1º de janeiro, tem que começar a andar. Não dá para a gente conviver mais com improviso”, disse Beto Pereira
O candidato a prefeito de Campo Grande Beto Pereira (PSDB) destacou a urgência na construção do viaduto no cruzamento das avenidas Gury Marques e Interlagos, conhecido popularmente como rotatória do refrigerante. Segundo Beto Pereira, a obra será uma prioridade de seu governo a partir de 1º de janeiro.
“Precisamos enfrentar a questão do viaduto da Coca-Cola como algo prioritário. Esse projeto, a partir de 1º de janeiro, tem que começar a andar. Não dá para a gente conviver mais com improviso. Você vai aumentando a rotatória, daqui a pouco sinaliza a rotatória, e agora? O que vai fazer mais? Não tem mais o que ser feito, tem que fazer o viaduto”, afirmou o candidato, em entrevista concedida a um site de notícias, na manhã desta segunda-feira (16).
A construção do viaduto é considerada essencial para a melhoria da estrutura viária de Campo Grande. O local, que serve como um dos principais pontos de conexão entre a capital e São Paulo, apresenta um dos maiores gargalos de trânsito da cidade. Com fluxo estimado entre 1,1 mil a 1,3 mil veículos por hora, principalmente carros, a situação atual tem gerado longos congestionamentos e prejudicado o escoamento da produção regional.
Necessidade e impacto econômico
Com uma frota de veículos que cresceu 45% nos últimos 12 anos – passando de 452,8 mil em 2012, para 657 mil em 2023 – Campo Grande enfrenta desafios significativos em sua infraestrutura viária. A última grande avenida de interligação, a Fábio Zahran, foi inaugurada em 2012, e desde então, a cidade não recebeu novas grandes intervenções viárias.
A construção do viaduto tem implicações diretas para a economia local, pois a rotatória e o futuro viaduto são fundamentais para o escoamento da produção agrícola e industrial de Mato Grosso do Sul e Campo Grande. O trajeto interliga a capital ao maior centro econômico do país, São Paulo, e uma melhoria na infraestrutura viária pode acelerar o transporte de produtos e reduzir custos para os empresários locais.
Histórico de problemas na região
A construção do viaduto no cruzamento das avenidas Gury Marques e Interlagos tem sido marcada por controvérsias e atrasos. Inicialmente anunciado como uma prioridade, o projeto foi adiado diversas vezes devido a questões burocráticas e falta de recursos.
A ideia do projeto nasceu em 2010, mas teve a proposta barrada pelo governo federal em 2017. À época, a gestão Marquinhos Trad e Adriane Lopes disse que o projeto do viaduto exigiria investimento de R$ 32 milhões e não levou adiante apesar das promessas.
Em 2018, a obra foi suspensa devido a problemas financeiros enfrentados pela administração municipal, e, desde então, o avanço do projeto foi limitado a pequenos ajustes na rotatória existente. Na inauguração, após apenas 2 meses de mínimas adequações, a prefeitura chegou a alegar que tinha “solucionado o problema”, mas o histórico de engarrafamentos e lentidão prosseguiu como antes.
A promessa de Beto poderá finalmente resolver o impasse e trazer a solução esperada pela população e pelo setor produtivo local, assim como de outros pontos destacados pelo candidato na entrevista.
“Temos alguns trechos que precisam ser observados para melhorar as condições de trânsito. A Guaicurus é a maior avenida Leste-Oeste de Campo Grande. Ao leste, temos uma conexão com o contorno rodoviário, que liga SP a Cuiabá, é feito em um trevo improvisado. Se seguirmos 1000m dali, temos um viaduto já construído no contorno que garante toda a mobilidade e conexão de forma correta. Agora, precisa de uma intervenção do município”, completou Beto Pereira.