“É o fortalecimento de um mercado promissor”, segundo a vencedora Denise Silva, da Bruaca
Instituído para reunir a inventividade artística e empreendedora, com inovação, tecnologia e negócios transformadores, foi aberto no dia 12, em São Paulo, o Festival Mundial da Criatividade. E Mato Grosso do Sul foi um dos destaques ao ser anunciado entre os vencedores do Prêmio Brasil Criativo, um feito inédito e de grande alcance nacional e internacional.
Ao concorrer com São Paulo e Amazonas, centros de avançadas iniciativas no segmento, a Bruaca, empresa sul-mato-grossense na área de artesanato, instalou pontes para as comunidades tradicionais do Estado. O prêmio completou 10 anos, é chancelado pelo Ministério da Cultura e reconhece os criativos em 12 categorias. Fundadora da Bruaca, Denise Silva não tem dúvidas dos desdobramentos positivos.
“Em geral, o nosso objetivo é mostrar que o Pantanal não tem apenas bichos, mas toda uma variedade de pessoas e de culturas que continuam resistindo e criando. As conexões neste processo vão desde os artesanatos produzidos até ações de etnoturismo”, explica. Ela conta que o processo de avaliação dos trabalhos leva quase um ano, desde o chamamento, inscrição e entrevista até a entrega de documentação.
Depois desta etapa acontece a seleção dos finalistas e o convite para o evento internacional. “É um prêmio da economia criativa reconhecido pelo Ministério da Cultura. Para nós, é uma validação e fortalecimento do trabalho feito com as potências que são as comunidades tradicionais, um mercado promissor”, acentuou Denise ao receber o prêmio. Ela considera ser esta mais uma prova de que a economia criativa não é somente uma alternativa de renda, porque pode ser uma estratégia de transformação social.
APOSTA SEGURA
O reconhecimento da resolutividade social, econômica e cultural da economia criativa, em prática nos negócios da Bruaca, é a base conceitual da aposta que é feita pelo governo estadual em uma ação inovadora no âmbito das políticas públicas. Trata-se do Programa de Economia Criativa, que é desenvolvido desde 2023 pela Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc) e vem formando uma rede com os 79 municípios.
Denise Silva afirma que além do empoderamento de comunidades marginalizadas e da garantia de bem viver para esses povos – “em especial para as mulheres, o nosso público alvo” -. o prêmio é de muita relevância para validar as demais ações neste cenário. “Mais do que ganhar o prêmio, participar do evento significa se conectar com pessoas de todo o mundo, já que a curadoria é internacional”, completa.