Ex-dirigente da FFMS é réu por desvios de R$ 10 milhões
O presidente afastado da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira, de 78 anos, voltou a ser preso pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), na manhã desta quarta-feira (28). Alvo da Operação Cartão Vermelho, que investiga desvio de R$ 6 milhões na Federação, Cezário atualmente usa tornozeleira eletrônica.
Estiveram na casa do ex-mandatário, no Bairro Taveirópolis, para cumprir novos mandados de busca e apreensão, além de efetuar a prisão de Cezário. Apurou que três viaturas do Gaeco, desde as primeiras horas da manhã desta quarta. Uma testemunha também chegou junto com os agentes.
Cezário é réu por desvios de R$ 10 milhões do futebol sul-mato-grossense e já havia sido preso em maio deste ano, na Operação Cartão Vermelho. Ficou 15 dias atrás das grades e se livrou com tornozeleira após passar mal ao saber do falecimento da irmã, no início de junho.
Cartão Vermelho
O Gaeco deflagrou, no dia 21 de maio deste ano, a Operação “Cartão Vermelho” em investigação do Ministério Público Estadual sobre o desvio de R$ 6 milhões na Federação, que ocorreu entre setembro de 2018 e fevereiro de 2023. Enquanto presidente, Cezário, tinha participação em esquema de corrupção e lavagem de dinheiro com recursos oriundos da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e de verbas públicas.
Além de Francisco Cezário, que passou quase 30 anos à frente da entidade, outras seis pessoas foram presas, suspeitas de participação no esquema.
Enquanto preso, Cezário pediu afastamento do cargo de presidente e a entidade conta atualmente com um interventor. Estevão Petrallás, ex-presidente do Operário, foi encarregado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para administrar o futebol local de forma interina.