Nesse primeiro mês, dos 11 bilhões pedidos, R$ 10,3 bilhões correspondem a recursos equalizados dos Programas Agropecuários do Governo Federal
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) recebeu, entre julho e agosto (até o dia 12), mais de 40 mil pedidos de financiamento, no total de R$ 11 bilhões no âmbito do Plano Safra 2024-2025. O montante representa um crescimento de 7% em relação ao mesmo período da safra anterior, quando foram protocolados R$ 10 bilhões.
“Nossa expectativa é ampliar os financiamentos ao longo do Plano, seguindo a orientação do presidente Lula para o BNDES manter o forte apoio para desenvolvimento tanto à agricultura familiar quanto para o agro empresarial. No primeiro semestre deste ano já aumentamos em 204% as aprovações de crédito para a agropecuária, em relação a 2022 (de R$ 4,7 bilhões para 14,2 bilhões). E temos agora o maior Plano Safra já operado pelo BNDES, com mais de R$ 65 bilhões disponibilizados”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Dos R$ 66,5 bilhões disponibilizados pelo Banco para a Safra, R$ 33,5 bilhões são em recursos equalizáveis, dos quais R$ 18,7 bilhões serão destinados à agricultura empresarial e R$ 14,8 bilhões à agricultura familiar. Esses valores representam um aumento de 26% e 28%, respectivamente, em relação ao ano anterior. O Banco também vai oferecer ao setor R$ 33 bilhões em recursos próprios por meio da linha BNDES Crédito Rural.
Nesse primeiro mês, dos 11 bilhões pedidos, R$ 10,3 bilhões correspondem a recursos equalizados dos Programas Agropecuários do Governo Federal (PAGF), dentre os quais destacam-se o Pronaf, o Pronamp, o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota). Outros R$ 701,3 milhões foram demandados ao produto BNDES Crédito Rural, que opera com recursos próprios do BNDES e teve uma demanda similar ao mesmo período do ano passado.
O Pronaf alcançou a marca de R$ 2,6 bilhões em 26,3 mil operações financiadas. Do total protocolado, 65% foram destinados para investimentos em instalações e máquinas, sendo o restante para custeio. Para esta Safra, R$ 726 milhões estarão disponíveis exclusivamente para os agricultores familiares das regiões Norte e Nordeste, um aumento de 131% em relação ao valor aplicado no ano anterior, contribuindo para a redução das desigualdades sociais e territoriais no país.
Já o Pronamp, que é voltado ao médio produtor rural, teve uma demanda de R$ 2,5 bilhões (crescimento de 59%) para mais de 9,6 mil operações. Outros programas da agricultura empresarial tiveram desempenho relevante em termos de volume financiado neste início de Plano Safra. São eles: PCA, com R$ 883 milhões; e Moderfrota, com R$ 824 milhões.
Parceria com agentes financeiros – O apoio do BNDES para o setor agropecuário ocorre majoritariamente de forma indireta, em que a contratação e o repasse de recursos se dão por meio de uma das mais de 80 instituições financeiras parceiras credenciadas, o que contribui para a desconcentração bancária e ampliação do acesso ao crédito.
Nestas primeiras semanas de operacionalização do Plano Safra, 28 agentes financeiros parceiros já enviaram pedidos de financiamento ao BNDES, com destaque para os bancos cooperativos e cooperativas de crédito – R$ 6,2 bilhões (mais 56% do total) e 34,8 mil operações (mais de 87% do total). “Nossa atuação garante que os recursos do Banco cheguem muito além das capitais e grandes centros urbanos, permitindo uma interiorização do crédito pelo BNDES”, explica o presidente Mercadante.