“A produção de biometano é uma oportunidade para agregar valor aos nossos produtos e contribuir para um futuro mais sustentável”, afirma Riedel
A produção de biometano pela suinocultura também está em expansão, puxada pela SF Agropecuária, em Brasilândia. Há também investimentos da JBS em plantas de biometano. A capacidade de produção de biogás do setor sucroenergético no Brasil é de aproximadamente 5,2 bilhões de metros cúbicos ao ano. Isso equivale a todo gás natural que o Brasil importou da Bolívia no ano passado, por exemplo.
Conforme o edital, as propostas são de suprimento de 40 mil m³ de biometano por dia – 30 mil m³ para atender as redes de Campo Grande e Três Lagoas e 10 mil m³ para Dourados. Um dos grandes atrativos para o investimento é o incentivo estadual que reduziu a alíquota de ICMS do produto, de 17% para 1,8%.
Cumprindo uma das metas do governo de transformar Mato Grosso do Sul em um Estado Verde, a MS Gás abriu chamada pública para interessados em fornecer o combustível do futuro: biometano. Os interessados têm até o dia 13 de setembro para enviar as propostas no e-mail [email protected].
Apresentar o biometano como uma alternativa limpa e renovável aos combustíveis fósseis, destacando a importância da chamada pública da MS Gás para o desenvolvimento do setor no estado.
Detalhar os benefícios do biometano para o meio ambiente, a economia e a sociedade, como a redução da emissão de gases do efeito estufa, a geração de empregos e a diversificação da matriz energética.
Mostrar o grande potencial de Mato Grosso do Sul para a produção de biometano, destacando a abundância de matéria-prima e os incentivos governamentais.
Apresentar os desafios para a expansão do uso do biometano no estado e as perspectivas para o futuro, como a necessidade de investimentos em infraestrutura e a criação de um mercado consumidor mais consolidado.
Analisar o impacto da produção de biometano na economia do estado, gerando empregos e renda para as comunidades rurais e urbanas.
A MS Gás destacou que a chamada pública é marca um momento histórico do protagonismo de Mato Grosso do Sul no processo de transição energética. “Biometano é um combustível do futuro, limpo, renovável e versátil, pode ser aplicado para uso industrial, veicular, termoelétrico, comercial e residencial”, afirmou o gerente de produção da companhia, Leonardo Fioratti.
Nos últimos dois anos a produção de biometano teve um crescimento exponencial no Estado, puxado pelos incentivos e normatização, como o Leitão Vida, na suinocultura, e o MS Renovável, que contempla todo o segmento de bioenergia no setor sucroalcooleiro, que passou a aproveitar a vinhaça não mais como fertilizante, mas para produzir biogás e biometano.
Destacar o compromisso do governo de Mato Grosso do Sul com a sustentabilidade e a transição energética, com o biometano como um dos pilares desse processo.
Secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck: “O biometano é fundamental para a nossa estratégia de tornar Mato Grosso do Sul um Estado Carbono Neutro até 2030. Essa chamada pública é um marco importante nessa jornada.”
Gerente de produção da MS Gás, Leonardo Fioratti: “O biometano é o combustível do futuro e estamos muito entusiasmados com as perspectivas de crescimento desse mercado em nosso estado.”
“A produção de biometano é uma oportunidade para agregar valor aos nossos produtos e contribuir para um futuro mais sustentável”, afirma Riedel.
Atualmente, há 22 biodigestores em atividade no Estado aproveitando resíduos da suinocultura e bovinocultura. A Adecoagro, no Vale do Ivinhema, foi a pioneira com a produção utilizando a vinhaça e neste ano a Atvos, em Nova Alvorada do Sul, anunciou investimento de R$ 350 milhões em uma planta de biometano com capacidade de 28 milhões de m³/ano.
De acordo com projeções da Abiogás (Associação Brasileira de Biogás), a produção de biometano deve saltar 600% até 2029, saindo do atual 1 milhão de m³ por dia para 7 milhões de m³/dia. Ainda segundo a entidade, atualmente existem 20 plantas no país, sendo que apenas seis comercializam o gás e a expectativa de é que o total de unidades produtoras voltadas à comercialização chegue a 90 nos próximos cinco anos, sendo 42% via setor sucroenergético.