Celulose e carne bovina garantem bons resultados no comércio exterior; soja ainda lidera vendas e importação de gás cai
O saldo da balança comercial de Mato Grosso do Sul atingiu US$ 4,3 bilhões nos primeiros sete meses deste ano, indicam os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, divulgados nesta semana. Na cotação de ontem, o saldo das exportações equivalia a R$ 24,7 bilhões.
A soja, o milho e a carne bovina, celulose estão os principais produtos exportados pelo estado, e a alta demanda internacional por esses produtos tem impulsionado as exportações.
A desvalorização do real frente a outras moedas tem tornado os produtos brasileiros mais competitivos no mercado internacional.
Os investimentos em logística e infraestrutura, como a expansão dos portos e ferrovias, têm facilitado o escoamento da produção e reduzido os custos de transporte.
A assinatura de acordos comerciais com outros países tem aberto novos mercados para os produtos sul-mato-grossenses.
O saldo da balança comercial é a diferença entre o valor obtido com exportações e o pago pelas importações. Embora Mato Grosso do Sul esteja experimentando uma queda no valor global das exportações neste ano, sobretudo por causa das cotações mais baixas das commodities agrícolas, o saldo é recorde sobretudo por causa da queda nas importações, puxada pela importação do gás natural da Bolívia, cada vez mais escasso.
Apesar de a soja ainda ser o produto mais exportado de Mato Grosso do Sul, ela vem perdendo espaço neste ano para a celulose. O grão foi responsável, nos primeiros sete meses deste ano, por 37% (US$ 2,2 bilhões) do total das exportações do Estado.
A quantia é 20% menor que a do mesmo período do ano passado. A diferença entre os períodos equivale a US$ 567 milhões a menos em vendas, quando comparados.
A celulose, por sua vez, vive um momento contrário ao da soja. Ela gerou US$ 1,28 bilhão em vendas a outros países nos primeiros sete meses deste ano, variação de 46,1% em termos financeiros quando comparada com os primeiros sete meses de 2023. Neste ano, são US$ 404 milhões a mais.
O aumento das exportações gera empregos diretos e indiretos em diversos setores da economia, como a agricultura, a indústria e o comércio.
O crescimento das exportações aumenta a renda dos produtores e das empresas exportadoras, o que impulsiona o consumo e o investimento.
O bom desempenho da balança comercial atrai novos investimentos para o estado, o que contribui para o seu desenvolvimento econômico.
A dependência das commodities agrícolas expõe a economia do estado à volatilidade dos preços no mercado internacional.
O Brasil enfrenta uma concorrência cada vez maior de outros países produtores de commodities, o que exige um aprimoramento constante da qualidade e da produtividade.
É fundamental conciliar o crescimento econômico com a preservação do meio ambiente, adotando práticas agrícolas sustentáveis e investindo em tecnologias limpas.