A PRF mantém a interdição do tráfego na rodovia que liga Corumbá a Campo Grande, enquanto brigadistas, bombeiros militares, Defesa Civil e os próprios moradores da região de Salobra, tentam controlar o fogo
Incêndio florestal na região de Salobra, próximo a Miranda, provocou a interdição da BR-262, manhã desta quarta-feira (7). O fogo consome a vegetação nos dois lados da pista. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, a situação é mais crítica entre os quilômetros 580 e 587, onde a visibilidade ficou praticamente zero.
A PRF mantém a interdição do tráfego na rodovia que liga Corumbá a Campo Grande, enquanto brigadistas, bombeiros militares, Defesa Civil e os próprios moradores da região de Salobra, tentam controlar o fogo.
Mas os ventos, a vegetação seca e a baixa umidade do ar, dificultam extremamente o trabalho. “Ficamos ilhados no povoado Salobra, fogo dos dois lados. Até uma carreta pegou fogo”, relatou o leitor Sérgio Cunha, que encaminhou imagens da destruição provocada pelas queimadas naquela região. O avanço do fogo é impressionante.
De acordo com relatório diário da Operação Pantanal 2024, o novo foco de incêndio foi identificado pelo satélite próximo a Miranda, uma equipe foi enviada para controlar as chamas, mas o foco acabou se expandindo e atingiu a margem da BR-262. A equipe está redobrando os esforços para conter o avanço das chamas.
A PRF iniciou, por volta das 20h30, a liberação parcial da rodovia. A informação foi confirmada ao Campo Grande News pelo delegado Francinido Fernandes de Araújo, titular da PRF naquela região. Segundo ele, o trânsito segue no sistema pare e siga e duas equipes ficarão no local para monitoramento.
Outros focos
Já no distrito de Albuquerque, logo abaixo do Porto da Manga, em Corumbá, os trabalhos de combate ao incêndio permanecem intensos. A prioridade tem sido a proteção das áreas habitadas, com foco em garantir a segurança das pessoas. Apesar dos esforços, a frente de fogo é vasta, avançando até as margens da BR-262.
Caminhão-pipa e sete aeronaves de combate do Governo do Estado estão em toda aquela região. “Estamos com três viaturas em Miranda, com 15 brigadistas. As equipes aéreas estão em diversas áreas, sendo que lá tem sete e o Air Tractor do Ibama na Serra do Amolar”, detalhou.
Desde o começo do ano até 30 de julho, a área queimada no Pantanal de Mato Grosso do Sul chega a 690 mil hectares, o que representa aumento de 74,1% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram queimados 396,6 mil hectares – considerada até então, a pior temporada de incêndios no Pantanal de MS. Os números são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).