Ordens judiciais foram expedidas para MS e outros 4 estados brasileiros: Sergipe, São Paulo, Maranhão e Bahia
A Operação Perséfone, deflagrada pela Ficco (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado), representa um importante passo no combate ao crime organizado e à lavagem de dinheiro no Brasil. A ação coordenada em diversos estados demonstra a complexidade das redes criminosas e a necessidade de uma atuação integrada das forças de segurança.
Foi deflagrada na manhã desta terça-feira (6) contra traficantes e seus “laranjas” – que lavam o dinheiro. As ordens judiciais foram expedidas para Mato Grosso do Sul e outros quatro estados brasileiros: Sergipe, São Paulo, Maranhão e Bahia.
São cumpridos 10 mandados de prisão temporária e 16 de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Aracaju (SE) em residências e empresas. A justiça também determinou o bloqueio de contas e de bens dos investigados no valor de R$ 4.5 milhões. Em Mato Grosso do Sul, as ordens judiciais são cumpridas em Mundo Novo.
A operação abrangeu cinco estados, evidenciando a natureza transestadual do crime organizado e a capacidade das redes criminosas de operar em diferentes regiões do país.
O foco central da operação foi a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas. A utilização de “laranjas” e empresas fantasmas é uma tática comum nesse tipo de crime, pois permite que os criminosos disfarcem a origem ilícita dos seus recursos.
O bloqueio de R$ 4,5 milhões em contas e bens dos investigados é uma medida importante para evitar que o dinheiro obtido com o crime seja utilizado para outras atividades ilícitas ou para financiar o crime organizado.
A participação de diferentes órgãos na Ficco demonstra a importância da integração entre as forças de segurança para o combate ao crime organizado.
A operação pode levar à desarticulação de redes criminosas envolvidas no tráfico de drogas e na lavagem de dinheiro, enfraquecendo o poder dessas organizações.
Os bens apreendidos poderão ser utilizados para ressarcir as vítimas do crime e para financiar políticas públicas de segurança.
Ao combater o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro, as autoridades contribuem para a redução de outros crimes, como homicídios, roubos e sequestros.
As investigações, iniciadas por levantamentos operacionais e de inteligência, revelaram que os envolvidos no tráfico de drogas da região metropolitana de Aracaju remetiam grandes quantias de dinheiro para terceiros, que, por sua vez, transferiam esses valores para pessoas físicas e jurídicas em outros estados.
“(…) esquema de lavagem de dinheiro que empregava empresas fantasmas na movimentação de milhões de reais provenientes dos delitos”, diz nota divulgada pela Polícia Federal. Os crimes investigados incluem tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.
A Ficco/SE é composta por integrantes da Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal, Polícia Rodoviária Federal e Secretaria Nacional de Políticas Penais e tem como objetivo a integração das forças de segurança em ações de combate ao crime organizado.