União Brasil, PP e PT lançam chapa pura e só PSDB tem parceria, com o PL de Jair Bolsonaro
As quatro principais alianças partidárias que disputarão a prefeitura de Campo Grande já realizaram as convenções que homologaram os nomes para a disputa da chefia do Executivo. A prefeita Adriane Lopes (PP) foi a última a definir quem seria seu vice, impasse resolvido ontem, segunda-feira, 05, quando anunciou o fim do impasse que atrasava a escolha. Assim, os protagonistas centrais do confronto estão confirmados.
Três concorrentes são de partidos que lançaram a chamada chapa pura. O União Brasil traz a ex-vice-governadora Rose Modesto, tendo de vice o empresário Roberto Oshiro. O PP de Adriane Lopes anunciou o deputado federal Luiz Ovando para completar a chapa. Os petistas têm a deputada federal Camila Jara para prefeita e o deputado estadual Zeca do PT a vice. Já o PSDB do deputado federal Beto Pereira coligou-se ao PL, que indicou para vice-prefeita a Coronel Neidy (PP).
EXPECTATIVA
Antes do início oficial da campanha, no próximo dia 15, já é muito grande a expectativa da população. E tudo por causa dos números das pesquisas, que apontam uma situação de equilíbrio, principalmente na disputa pelo segundo lugar. Por enquanto, é Rose Modesto quem lidera as intenções de voto para avançar ao segundo turno.
Para passar pelo primeiro turno, o embate é entre Beto e Adriane, ao passo que a petista Camila trabalha na tentativa de ser a surpresa do pleito. Alguns fatores sinalizam que os eleitores podem ser alvos da possibilidade de influências em suas escolhas. É o caso do apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro ao candidato do PSDB, configurado na indicação de um nome do PL para vice-prefeita.
Se a coligação PSDB-PL beneficia Beto, causa estragos na campanha de Adriane Lopes, que fez de tudo para ter Bolsonaro em seu palanque. No caso de Camila, o sonho de chegar ao segundo turno é baseado no apoio que de um poderoso “cabo eleitoral”, o presidente Lula. Quanto a Rose, é ela até agora o fenômeno da pré-campanha: lidera as pesquisas sem ter ao seu lado qualquer figura que sirva como cabo eleitoral de luxo.
Alguns contextos da corrida sucessória na Capital são naturais e inevitáveis. Um deles é a fragilidade política da prefeita Adriane, cuja gestão é considerada uma das mais desastrosas na história da cidade. Sem o apoio de Bolsonaro, ela vai fazer sua campanha escoltada pela senadora Tereza Cristina (PP) e pelo marido, o deputado estadual Lídio Lopes. E ainda não tem um discurso convincente para apresentar aos eleitores.
De qualquer maneira, entre os prós e contras que todos os rivais têm e são lançados durante a disputa, quem vai decidir a sorte dos competidores desta corrida são os eleitores. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral, Campo Grande tem quase 647 mil pessoas aptas a exercer o direito de voto. E a população está formando seu juízo para quando chegar à urna estar certo sobre quem escolher ou quem evitar para dirigir os destinos da cidade nos próximos quatro anos.