Quando se encerrou a contagem dos votos na disputa presidencial de 2022, Lula, um político de esquerda, já tratou de viabilizar seu governo. Ao contrário de importantes aliados que o pressionavam para usar a máquina como instrumento de vingança e perseguição aos políticos da direita, em especial do bloco ligado a Jair Bolsonaro, o petista olhava o dia seguinte. E iniciava, bem antes da posse, as conversas com todos os nichos ideológicos para garantir uma condição fundamental aos mandatários: governabilidade.
O que Lula fez e o permite levar adiante seu programa de gestão, foi construir um contexto de relações republicanas com o Congresso Nacional, embora ciente de não encontrar unanimidade e das inevitáveis pressões que seu governo iria sofrer num cenário de aguda polarização política, eleitoral e ideológica. Assim, mesmo com duros solavancos, existe governabilidade neste Brasil dividido por paixões produzidas pela diversidade.
No caso de Mato Grosso do Sul, um exemplo semelhante vem sendo oferecido na convivência entre o Executivo e o Legislativo. Um exemplo dos mais saudáveis e benéficos para o Estado e seu povo. Governabilidade é um elemento real de institucionalidade e espírito público, que assegura à gestão o ambiente indispensável de estabilidade.
A Assembleia Legislativa, conduzida por um líder simples, porém sensível às necessidades comuns entre poder público e sociedade, faz da relação com a Governadoria um meio legítimo para construir soluções de interesse comum. São intervenções harmônicas e edificantes, sem ferir ou incomodar a autonomia de cada poder, e sem prejudicar a liberdade e os direitos de escolha dos protagonistas desta democrática diversidade.
Mato Grosso do Sul vem derrubando crises e obstáculos dos mais diversos. Vem restabelecendo sua capacidade de crescimento e de incluir nele as demandas e oportunidades que atendem todos os segmentos da população, especialmente os que mais necessitam. Em todos os avanços está a mão colaborativa, inteligente e republicana do Legislativo, por meio de deputados estaduais do governo e da oposição.
Cada um cumpre o seu papel – e a democracia, tão essencial à saúde e à eficácia das decisões que impactam a vida de cada sul-mato-grossense, se consolida na receita simples e objetiva de fazer da governabilidade um instrumento cada vez mais indispensável ao presente e ao futuro do povo.