Múltiplas frentes visam conter as chamas e auxiliar animais afetados
O Governo de Mato Grosso do Sul está engajado em um esforço amplo para combater os incêndios florestais que assolam o Pantanal e auxiliar os animais silvestres afetados pela situação. As ações, que se intensificam neste período crítico, englobam o trabalho de brigadistas, bombeiros, profissionais da área da saúde animal e o uso de tecnologia para monitoramento e resgate.
O governo fez 13 bases avançadas em pontos estratégicos do Pantanal para reduzir o tempo de resposta às chamas, especialmente em áreas remotas. Áreas prioritárias onde equipes concentram seus esforços para conter o fogo: Paraguai-Mirim, Curva do Leque, Bahia Negra, Aldeia Kadiwéu e Ladário.
Na última terça-feira (18), bombeiros da base avançada do Rabicho, com apoio de fuzileiros navais e equipe do PrevFogo, extinguiram um incêndio na região do Formigueiro em cerca de 7 horas.
Base Avançada Forte Coimbra utiliza drone para identificar novos focos de incêndio e auxiliar no planejamento das ações de combate na região da Lagoa Bonita.
Emprego de veículos terrestres e aquáticos para reconhecimento e mapeamento das áreas afetadas.
Resgate e cuidado com a fauna
Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal (Gretap) realiza busca por animais feridos ou debilitados na região da Estrada Parque, entre Corumbá e Miranda.
Drones auxiliam na busca é utilizada para localizar animais em áreas de difícil acesso. Animais que necessitem de cuidados são atendidos no local pela equipe do Gretap ou encaminhados para o hospital de animais silvestres Ayty, em Campo Grande.
O Gretap também se preocupa com o bem-estar de todos os animais afetados pelos incêndios. Inaugurado pelo Governo do Estado em 2023, o hospital Ayty é referência no atendimento exclusivo à fauna silvestre, contando com estrutura completa para cirurgias, exames, recuperação e quarentena.
Avanços e cenários:
A bióloga e veterinária Paula Helena Santa Rita, coordenadora do Gretap, observa uma redução no número de animais encontrados mortos em comparação com 2020, quando os incêndios começaram mais cedo.
“Começamos na região conhecida como Buraco das Piranhas e percorremos toda a Estrada Parque até o Porto da Manga. Os animais [que não necessitaram de atendimento] estão agrupados onde há água, mas também encontramos mais distante emas. Mesmo elas estando em uma área que já foi toda queimada, decidimos não interver pois observamos em 2020 que as aves, quando tentávamos prestar auxílio, acabavam voando em direção ao fogo”, conta Paula.
“A não visualização de tantos animais incinerados já mostra uma mudança de comportamento da população local, com a confecção aceiros, que são uma ferramenta importante de prevenção da expansão das chamas mas também são usados como um corredor de fuga para os animais”, explica a coordenadora do Gretap.
O Governo do Estado, através da Semadesc e PMA, atua em parceria com UCDB, Ibama, IHP e terceiro setor para combater os incêndios e auxiliar a fauna pantaneira.
Entre em contato com o Corpo de Bombeiros pelo telefone 190 ou com a Polícia Militar Ambiental pelo 190. Não faça queimadas controladas, descarte de lixo de forma adequada e evite o uso de fogo de artifício em áreas de vegetação.
Incentive atitudes responsáveis e ajude a proteger o Pantanal. Juntos, podemos preservar a riqueza natural do Pantanal e garantir a segurança da fauna e flora local!