Essa é apenas a 2ª vez que o torneio é realizado num pais fora da América do Sul
Às 21h desta quinta-feira, a Argentina, atual campeã sul-americana e mundial, dará o pontapé inicial na 48ª edição da Copa América contra o Canadá, no Mercedes-Benz Stadium, em Atlanta, nos Estados Unidos. Essa é apenas a segunda vez que o torneio é realizado num pais fora da América do Sul – a primeira, em 2016, também foi em território americano.
Nas últimas três décadas, a competição chegou a ter a importância esvaziada pelo público brasileiro, muito por conta do baixo nível das seleções adversárias em relação ao do time canarinho — que venceu cinco das últimas dez edições —, ou também pelo distanciamento social do povo nacional com a equipe do próprio país. No entanto, com o fortalecimento de seleções mais tradicionais, como Uruguai e Colômbia, e a seca de títulos do Brasil, a Copa América desse ano promete ter grande importância anímica e até técnica para os comandados de Dorival Júnior.
— A Copa América será o meu primeiro campeonato oficial pela seleção Brasileira. Sabemos que vão ser muitas seleções de alto escalão e será muito difícil, mas não vai faltar garra e dedicação para poder conquistar esse título — falou Endrick.
Novos concorrentes
Ao contrário do Brasil, que chega pressionado no torneio, o trio formado por Argentina, Colômbia e Uruguai desembarcou nos Estados Unidos com a confiança no teto. Ainda em êxtase pelo título da Copa do Mundo do Catar, os argentinos lideram as Eliminatórias da América do Sul com cinco vitórias — sendo uma contra a seleção brasileira em pleno Maracanã — e apenas uma derrota.
Sob o comando de Messi, que hoje se isolará o jogador com mais partidas pela Copa América, com 35, o time de Lionel Scaloni inicia o torneio como o grande favorito para a conquista do título. A base da equipe segue a mesma que conquistou o tri mundial em 2022, com nomes como Enzo Fernández, Mac Allister, De Paul e Julian Álvarez, além de boas promessas como o meia Valentín Carboni, elogiado por Messi.
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— Ele tem um grande futuro, temos que utilizar isso. Já tinha visto ele na (seleção) sub-20, mas cresceu muito. É um jogador diferente, está muito mais desenvolvido e tem muita qualidade — falou o camisa 10, que também deu suas previsões sobre a Copa América. — Os jogos vão ser mais duros, mais difíceis. Os rivais estão a tornar as coisas cada vez mais complicadas, mas vamos tentar (vencer) de novo.
Se a Argentina sofreu uma derrota nas 14 partidas que fez após a Copa do Mundo, a Colômbia tem retrospecto ainda melhor. Com qualidade na troca de passes pelo meio, intensidade e velocidade pelas pontas, e destaques como Jhon Arias, do Fluminense, Richard Rios, do Palmeiras, James Rodríguez, do São Paulo, e Luis Díaz, líder técnico da seleção e também do Liverpool-ING, os colombianos estão invictos desde fevereiro de 2022. Nos últimos 23 jogos, foram 18 vitórias — incluindo triunfos contra gigantes como Alemanha, Brasil e Espanha —, e cinco empates.
Nos amistosos preparatórios para a Copa América, a Colômbia, que está junto da seleção brasileira no grupo D, goleou os Estados Unidos por 5 a 1 e venceu a Bolívia por 3 a 0.
Maturidade geracional
Já no Grupo C está o Uruguai de Marcelo Bielsa. Na segunda colocação das Eliminatórias para o Mundial de 2026, a celeste tem comprovado, desde o ano passado, que a atual geração atingiu um nível de maturidade técnica e tática que a coloca como forte candidata ao título da Copa América. Por exemplo, a equipe foi a única a vencer a Argentina após o título de 2022, com um imponente 2 a 0 em plena Bombonera em novembro.
Ainda que tenha entre os convocados nomes consagrados como Luis Suárez, do Inter Miami, é inegável que a responsabilidade do sucesso da equipe no torneio está em Fede Valverde, do Real Madrid, Darwin Nuñez, do Liverpool etc.
Destaques do futebol brasileiro, De La Cruz, do Flamengo, e Canobbio, do Athletico-PR, também tem papel importante na equipe. Além disso, Arrascaeta, ídolo do rubro-negro carioca, costuma vir bem do banco.
Por outro lado, a Copa América reserva também algumas seleções que não começam entre as favoritas, mas que podem surpreender. A Venezuela, por exemplo, que nunca conquistou o torneio, é uma Surpreendente, a quarta colocação do país nas Eliminatórias para a Copa do Mundo se justifica com as boas atuações que a equipe teve contra o Chile, quando venceu por 3 a 0, e Brasil, quando empatou em 1 a 1 na Arena Pantanal. Conhecidos do torcedor brasileiro, Savarino, do Botafogo, e Soteldo, do Grêmio, devem ser t