Nesta terça-feira o pedido da defesa foi negado pela desembargadora. Agora, o caso vai ser analisado por um colegiado de magistrados
Alvo da operação Cartão Vermelho, Francisco Cezário de Oliveira vai continuar preso. A decisão foi assinada pela desembargadora Elizabete Anache nesta terça-feira (4).
Cezário foi preso no dia 21 de maio como líder de um esquema de corrupção dentro da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), entidade que foi presidente por mais de 26 anos. Na tentativa de tirar o idoso de 77 anos da cadeia, a defesa dele, feita pelo advogado André Borges, recorreu ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso de Sul.
Nesta terça-feira o pedido da defesa foi negado pela desembargadora. Agora, o caso vai ser analisado por um colegiado de magistrados.
Segundo o delegado André Borges, a defesa vai continuar insistindo na liberdade. “Que permitirá a proteção da saúde e a elaboração de uma boa defesa”
Depois da prisão, Cezário ainda foi afastado da presidência da federação pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) durante o período de 90 dias. Hoje quem responde pela entidade é Estevão Petrallas, ex-presidente do Operário Futebol Clube.
Cartão Vermelho
A Operação Cartão Vermelho, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado na terça-feira (21), revelou desvios de até R$ 6 milhões da entidade, em benefício de Francisco Cezário e de parentes dele. As investigações demonstraram que vários saques das contas da Federação foram feitos sem justificativa.
Além de Francisco Cezário, outras seis pessoas foram presas, cinco delas sendo familiares do dirigente: Aparecido Alves Pereira, Francisco Carlos Pereira, Umberto Alves Pereira, Valdir Alves Pereira e Marcelo Mitsuo Ezoe Pereira. Aparecido, Francisco, Valdir e Umberto são sobrinhos de Cezário, enquanto Marcelo é filho de Umberto.