Presidente da Alems destaca Lei do Pantanal, plantio de florestas e uso de matrizes energéticas alternativas
Na opinião do deputado estadual Gerson Claro (PP), presidente da Assembleia Legislativa (Alems), o modelo sustentável de desenvolvimento adotado pelo governo e empreendedores de Mato Grosso do Sul tornou-se referência nacional. Para ele, este é um dos fatores determinantes que põem o Estado num patamar de crescimento acima da média nacional. “Quando não existe ação predatória do meio ambiente, quando não se compromete os recursos naturais, há sustentabilidade ambiental e humana”, disse.
Em entrevista à Rádio Alems, Gerson ressaltou que a Alems foi protagonista na formulação e rápida aprovação da Lei do Pantanal. “Além de ser uma legislação moderna de proteção ao bioma, traz mecanismos para captar recursos vendendo crédito de carbono”, observou, acrescentando que estas verbas servirão para capitalização do Fundo Pantanal. “Isto permitirá, entre outros ganhos, remunerar os produtores pantaneiros que preservam em suas propriedades áreas acima da reserva legal”, exemplificou.
REAPROVEITAMENTO
Com mais de R$ 100 bilhões em investimentos da iniciativa privada já contratados, o Estado poderá até reaproveitar áreas improdutivas, após décadas de exploração como pastagens hoje degradadas. O presidente da Alems destacou que em seis anos Mato Grosso do Sul terá 2 milhões de hectares de florestas plantadas. Ele considera que o plantio de eucalipto tornou economicamente viável cerca de 1 milhão de hectares. “E ainda se valoriza mais a terra”, emenda.
Gerson lembrou então que há 16 anos um hectare na Costa Leste, o principal polo de plantio, valia R$ 1.800,00. “Hoje, não se compra a mesma área por menos de R$ 30 mil”, comentou. Ele traçou um quadro favorável para Mato Grosso do Sul obter, em 2030, o reconhecimento como Estado Carbono Neutro. “Com a entrada de novas usinas, em breve Mato Grosso do Sul passará de 4º para o 2º maior produtor de etanol do País. O Estado está concedendo incentivo fiscal para aumentar o consumo de gás natural, biogás e biometano”, descreveu.
A Biogás informa que três plantas de biogás e biometano já estão em operação, com capacidade total instalada de 8,1 milhões de metros cúbicos normais (Nm³) ao ano. Estão em operação as usinas da Adecoagro, em Ivinhema, com capacidade de 2,4 milhões de Nm³/ano; a JBS, em Campo Grande, com capacidade de 1,38 milhão de Nm³/ano; e a SF Agropecuária, em Brasilândia, com capacidade de 4,38 milhões de Nm³/ano.