Escolhido para presidir grupo parlamentar, senador prevê maior cooperação entre os dois países
O senador Nelsinho Trad (PSD), escolhido para ser o presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Líbano, afirmou que os dois países possuem uma história em comum de enfrentamento de crises, de superações e empenho na construção da paz e na autodeterminação dos povos. “Pelo muito que existe nestas relações, no acolhimento que os libaneses sempre tiveram por aqui, e vice-versa, sei que a cooperação binacional crescerá ainda mais”.
Instituído em fevereiro de 2024, após a aprovação do projeto de resolução PRS 65/2023, de autoria de Nelsinho e relatado com o parecer favorável do senador Espiridião Amim, o grupo se encarregará de fomentar a cooperação interparlamentar e fortalecer os laços bilaterais. No contexto estão previstas várias atividades: visitas recíprocas, eventos de debate e estudos conjuntos, intercâmbio de publicações e experiências legislativas, a manutenção de relações culturais e técnicas com entidades nacionais e estrangeiras.
AMOR À PAZ
“Em um mundo que parece progressivamente mais conturbado e mais propenso a conflitos armados. É importante, portanto, que as nações que amam a paz e que trabalham por ela possam estreitar laços”, defende o parlamentar sul-mato-grossense. Ele relata que as relações entre Brasil e Líbano são profundas, remontam à visita do imperador D. Pedro II ao Líbano em 1876. Desde a independência do Líbano em 1946, os dois países têm estreitado laços, com a abertura de missões diplomáticas em 1954.
O Brasil, pontua, abriga a maior diáspora libanesa mundial, conta com cerca de 10 milhões de brasileiros de origem libanesa, enquanto aproximadamente 200 mil brasileiros residem atualmente no Líbano. “Em minha cidade, Campo Grande, calcula-se que entre 8 e 10% da população sejam de origem libanesa. São fortes as comunidades libanesas em meu estado”, acrescentou.
Neto de imigrantes libaneses, o senador expressou sua gratidão e orgulho em poder contribuir para o estreitamento dessas relações. “Minha satisfação não poderia ser maior por poder contribuir para construir essa ponte entre meus ancestrais libaneses e meus conterrâneos brasileiros”.