Base adrianista tenta justificar incompetência de Adriane Lopes, mas tropeça nos fatos e na própria omissão
As dezenas de denúncias e casos que expõem a incompetente gestão de Campo Grande mereceriam ao menos um pedido de desculpas da gestora ou explicações plausíveis. Porém, quando não consegue encontrar algum pretexto para maquiar seu desgoverno, prefere o silêncio do que encarar as realidades e deixa o papel constrangedor e humilhante para os vereadores que põem a Câmara Municipal a seu serviço.
Indignada com a omissão da base governista e tentando fazer a prefeita dar à sociedade as satisfações que está devendo desde que chegou ao poder, em 2017, na garupa de Marquinhos Trad, vereadora Luiza Ribeiro (PT) fez uma série de questionamentos. Baseada nas coisas que vê e nas denúncias e reclamações que monitora, Luiza cobrou duramente aquela que se gaba de ser a primeira mulher eleita para governar a cidade – e está desgovernando.
Luiza disse que a todo momento tem gente reclamando do caos nas unidades de saúde e a prefeitura informa que a demanda é excepcional. “Não é possível que todo mundo adoeceu de uma vez. E aí vem vereador defender a prefeita atacando o servidor dos postos que não consegue atender direito porque não tem material, não tem remédio, nem médico, nem dentista”, contra -argumentou.
A vereadora cobra da prefeita os recursos que ela prometeu garantir para atender as urgências da cidade. E dispara: “A redução do valor das emendas impositivas não será paga. Não foi paga em 2022, em 2023. Demos novamente o prazo pra prefeita não ficar inelegível, mas não vai pagar 2024. Como não pagou o FMIC [Fundo Municipal de Investimentos Culturais], a insalubridade da enfermagem, a periculosidade da guarda, o reajuste salarial ao servidor, não fez tapa-buraco, não limpa a idade, não amplia as vagas das Emeis (Escolas Municipais de Ensino Infantil).
Por fim, Luiza desafiou a prefeita e sua base a saírem de um pretexto vazio: “Esta desculpa dela, de que pegou uma cidade destruída, não cola. Ela é prefeita desde janeiro de 2017. Se era vice-prefeita e não cuidou da tarefa dela, de administrar junto com o prefeito e cuidar da cidade, não pode dizer agora que não é responsável. É responsável desde janeiro de 2017”.