Messias Cordeiro de Lima foi sentenciado no fim da noite desta quarta-feira (24), em Campo Grande
Messias Cordeiro da Silva de 25 anos, levado a júri pelo assassinato de Karolina Silva Pereira e do amigo dela, Luan Roberto de Oliveira, foi condenado a uma pena de 45 anos de prisão, além do pagamento de indenização para as famílias das vítimas, nessa quarta-feira (24), em Campo Grande. Agora, ele cumpre pena por três crimes: feminicídio, homicídio qualificado e porte ilegal de arma.
O julgamento foi realizado na 2ª Vara do Tribunal do Júri e demorou 14 horas.
De um lado, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul e o assistente de acusação pediram aos jurados do Conselho de Sentença que condenassem Messias por ter assassinado, em abril do ano passado, a ex-namorada e o amigo dela a tiros por não aceitar o fim do relacionamento e por ciúmes da ideia de que as duas vítimas estivessem juntas.
Pela morte de Karolina, pediram a condenação por homicídio qualificado por feminicídio; pela de Luan, homicídio qualificado por motivo torpe e por recurso que dificultou a defesa da vítima; além do porte ilegal da arma usada no crime.
Do outro lado, a defesa de Messias, feita por cinco advogados, pediu a absolvição por “inimputabilidade ou semi-imputabilidade por doença ou perturbação mental” e afastamento das qualificadoras.
Durante o julgamento, o Conselho de Sentença foi questionado se achava necessário o exame de insanidade mental de Messias – exame que foi pedido pelos advogados ao longo do processo, mas foi negado pelo juiz – mas todos os jurados negaram e entenderam que no dia do crime, o réu tinha plena consciência do que estava fazendo.
Com a tese da insanidade mental afastada, o juiz Aluízio Pereira dos Santos determinou a pena de Messias:
22 anos pela morte de Karolina
20 anos pela morte de Luan
3 anos de reclusão e 40 dias-multa por porte ilegal de arma
Somadas, as penas chegaram aos 45 anos de prisão no regime fechado. Além disso, o juiz determinou o pagamento de indenização no valor de R$ 15 mil para a família de cada uma das vítimas por danos morais.
Messias está prese desde o crime e permanecerá assim, mesmo durante o tempo de recurso.