Para o governador, este é um legado que vai influenciar nas futuras safras de gestores em Mato Grosso do Sul
O governador Eduardo Riedel (PSDB) põe no crédito superavitário da gestão anterior o êxito que tem sido o modelo do municipalismo em Mato Grosso do Sul. Para ele, este é, sem dúvida, o maior legado dos oito anos de Reinaldo Azambuja (PSDB) no governo. Azambuja comandou o Estado de 2015 a 2022 e fez um programa inovador de investimentos para governar com os municípios – Riedel foi o responsável pela estratégia de gestão nesse período.
“A gestão municipalista veio pra ficar. Qualquer governante que vier daqui pra frente, os futuros gestores, repensarão o relacionamento com os municípios, os prefeitos, os vereadores, o conjunto de lideranças locais, para governarem juntos de fato e de direito”, opinou Riedel. Durante o ato de lançamento do Programa “MS Ativo Municipalismo”, um forte reforço no estreitamento das relações com as prefeituras, Riedel e Azambuja foram muito cumprimentados por prefeitos e lideranças dos 79 municípios.
Segundo o governador, ao iniciar o municipalismo, Azambuja fez uma corajosa mudança nos padrões tradicionais e quebrou paradigmas para descentralizar as decisões, democratizando-as progressivamente com os diversos segmentos. “Ele implementou no Estado um modelo, um conceito que é dinâmico e deve ser melhorado a cada tempo”, definiu. E dirigindo-se a Azambuja, exclamou: “Estou certo que das suas duas gestões, por tudo que você já fez pelo Mato Grosso do Sul, este conceito talvez seja um grande legado seu, porque ele ficou maior que a sua própria pessoa”.
O municipalismo – prosseguiu Riedel – é uma daquelas práticas de política pública que entra e fica. “Não tem como retroagir, porque vai ser cobrado não só pela política, mas pela sociedade”, sentenciou. E aproveitou para lembrar as grandes dificuldades no início do mandato. “De tudo o que a gente viveu naqueles primeiros três anos do início de governo, Reinaldo se mostrou um governador absolutamente obstinado, destemido, para poder enfrentar não a maior crise que o Estado viveu, mas a maior já vivida pelo país”.